Assim anunciou em uma entrevista com a Coordenadora Nacional de Rádio o presidente da Confederaçao Nacional de Comunidades do Peru afetadas pela Mineraçao (CONACAMI), Mario Palacios, quem assegurou que a conformaçao da força política terá lugar entre agosto e dezembro.

Durante esses meses será realizado o Congresso dos Povos Originários e, nessa instância nao só será discutido o perfil da agrupaçao senao que também começarao a se definir os nomes dos candidatos.

Palacios assinalou que, se bem já se vinham manejando a ideia de conformar um partido político desde há algum tempo, foi na IV Cume Continental de Povos e Nacionalidades Indígenas do Abya Yala –que teve lugar em Puno de 27 a 31 de maio deste ano- quando se consolidou a noçao de que era necessário criá-lo.

O dirigente da CONACAMI (Confederaçao Nacional de Comunidades do Peru afetadas pela Mineraçao ) afirmou durante a entrevista com a Coordenadora Nacional de Rádio que o partido indígena preencheria um vazio nas propostas que apresentavam neste momento as forças políticas peruanas, dado que as reclamaçoes dos movimentos originários nao estavam presentes na atividade partidária.

“Necessitamos outro modelo de democracia”, demandou Palacios, afirmando que a agenda que pretendiam levar adiante os indígenas fazia referência principalmente ao manejo de territórios e a respeito dos recursos naturais, prejudicados pela atuaçao das empresas transnacionais.

O anúncio aconteceu enquanto os indígenas da Amazônia peruana realizam protestos e cortes de vias fluviais para reclamar ao Congresso que derogue os nove decretos legislativos que vulnerabilizam os direitos das comunidades indígenas sobre seus territórios.