10 de junio de 2010 | Noticias | Soberanía Alimentaria
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Na Colômbia, um dos países tradicionalmente superavitários em produção de alimentos no continente, atualmente não pode se falar de soberania alimentar “porque estamos condicionadas a consumir o que vem de fora e não tanto os produtos do trabalho camponês”.
É o que afirma Tatiana Bello da União Nacional Agroalimentar da Colômbia (UNAC). “Isto tem feito com que os supermercados e centros de abastecimento ofereçam ao consumidor produtos em sua maioria importados”, diz.
Parte do problema obedece à “aposta” feita pelo governo colombiano ao cultivo de agrocombustíveis, sendo atualmente a Colômbia o segundo produtor de etanol de cana-de-açúcar da América do Sul depois do Brasil.
“A produção de agrocombustíveis na Colômbia tem motivado a toma de terras tradicionalmente destinadas a produzir alimentos. Além disso, as práticas agrícolas que se utilizam não são as adequadas, como por exemplo a queima de ervas” para eliminar ervas daninhas, diz Tatiana em entrevista com Rádio Mundo Real.
No entanto, para ela não é um fator de conscientização para os camponeses e a população urbana o que tem levado a um retorno a práticas agroecológicas, mas sim as dificuldades para garantir o sustento empregando o pacote agrícola impulsionado pelo agronegócio.
“Na Colômbia existem redes de produção urbana inclusive que produzem de maneira limpa ao não aceder à compra de insumos químicos”, acrescenta Tatiana Bello.
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