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7 de Julho de 2010 | |

Os culpados

Novo relatório apóia científicos que advertem os riscos da crise climática

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Os científicos britânicos acusados de manipular dados e eliminar informação para apoiar a sua teoria de que a mudança climática deve-se à ação humana, têm realizado um trabalho “rigoroso e honesto”, é o que afirma nesta quarta-feira uma comissão investigadora que analisou o caso durante seis meses.

O painel, liderado por Muir Russell, do “establishment” universitàrio escocês, ratificou a integridade profissional dos científicos da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia em Norwich, Inglaterra. No entanto, considerou que os profissionais não foram o suficientemente abertos, e que tiveram uma atitude “pouco útil” e “defensiva” na hora de enfrentar exigências legítimos de dados feitos sob as leis de liberdade de informação.

O escândalo começou em novembro do ano passado quando um hacker entrou no sistema informático da Unidade de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia e teve acesso a 13 anos de correios eletrônicos, que logo foram publicados na web.

Os céticos da mudança climática, que rejeitam que essa crise seja causada pelo homem, argumentaram que os correios revelavam que os científicos britânicos transformavam dados e escondiam informação para afirmar que a ação do homem é a que provoca o aquecimento global. Alguns alegaram que os correios colocavam em dúvida as advertências sobre a crise do clima do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática das Nações Unidas.

A investigação equipe dirigida Muir Russell foi a terceira em definir que não há provas de má práxis científica ou de uma tentativa de distorcer os fatos para apoiar o ponto-de-vista de que as emissões de dióxido de carbono geradas pelo homem têm provocado a mudança climática.

Em abril um relatório realizado por outro destacado representante do mundo acadêmico britânico, Ronald Oxburgh, encarregado pela própria Universidade de East Anglia, aprovou os métodos da Unidade de Pesquisa Climática. “Não vimos provas de que houvesse uma má práxis científica deliberada. Ao invés disso, encontramos um pequeno grupo de pesquisadores entregados, embora um pouco desorganizados”, concluiu Oxburgh, conforme a agência Reuters.

Em maio, um comitê parlamentar britânico exculpou os científicos, embora criticou seu manejo dos pedidos de dados feitos sob as leis de liberdade de informação.

O diretor executivo da Amigos da Terra Inglaterra, Gales e Irlanda do Norte, Andy Atkins, manifestou hoje que “a nova pesquisa demonstra que não podemos ignorar as advertências dos especialistas sobre os riscos da mudança climática”. “A amplíssima maioria dos científicos do clima concordam em que vivemos uma mudança climática provocada pelo homem”, acrescentou, segundo um comunicado de imprensa da organização.

Atkins considerou que a redução da crescente dependência dos combustíveis fósseis por meio do investimento em energias renováveis também impulsionaria a economia, com novas oportunidades de trabalho.
“É hora de olhar através da perigosa cortina de fumaça do ceticismo climático e continuar com a urgente tarefa de construir um futuro limpo, seguro e com baixo consumo de carvão”, sentenciou.

Foto: http://www.flickr.com/photos/jasmic/

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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