18 de noviembre de 2009 | Noticias | VI Semana Biodiversidad
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A situação dos povos mesoamericanos que defendem seus territórios não é nada simples. Somente na Guatemala durante este ano foram assassinadas 26 pessoas vinculadas à resistência das comunidades, que se opõem aos investimentos para palma africana, cana-de-açúcar, petróleo, mineração, hidrelétricas e produção de agrocombustíveis.
Estes e outros temas foram denunciados na comunidade guatemalteca de Yalambojoch, onde está sendo realizada a Sexta Semana pela Diversidade Biológica e Cultural, espaço de intercâmbio que surge em 2001 como resposta à ameaça do Plano Puebla Panamá.
“Desde aquelas lutas até agora, muito tem acontecido, e as organizações centro-americanas têm demonstrado que, além de se opor às monoculturas e mega-projetos, são capazes de construir suas próprias alternativas”.
Foi o que disse Mario Godínez de Ceiba Guatemala, durante o ato de abertura da VI
Semana.
Godínez falou das consultas comunitárias no departamento anfitrião de Huehuetenango - já foram feitas em 28 de seus 32 municípios –; sobre o importante processo de recuperação de cerca de 440 espécies de sementes de milho que haviam sido perdidas; e sobre os visíveis impactos da mundaça climática (neste ano a zona sul do país perdeu 40% da colheita na zona sul do país por causa da seca).
Também honrou a memória de dezenas de indígenas maias mortos nessa zona da Guatemala durante o último Golpe de Estado, e comparou esse cenário com o atual da América Central, marcado a fogo pelo que está acontecendo com o golpe de estado em Honduras. “O poder não para, e se não nos cuidarmos vamos ter que enfrentar esses problemas novamente em El Salvador, Guatemala e Nicarágua, e até na Costa Rica”, adverteu.
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