É o caso por exemplo dos Tratados de Proteção Recíproca de Investimentos assinados entre países, como o Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (CIADI, órgão do Banco Mundial) como instância legal internacional, estipulada nos acordos. Também é o caso dos tratados firmados diretamente entre corporações e governos.

Os povos, especialmente dos países do Sul global, são os principais atingidos. Há diversos casos de enormes demandas de empresas contra Estados quando os governos tentaram implementar políticas a favor da população, que as companhias têm considerado nocivas para seus interesses. Alguns desses exemplos são contados no vídeo.

O novo trabalho do TNI tem uns quatro minutos de duração e apresenta uma linguagem clara. Alerta que os acordos internacionais de investimentos, muitas vezes assinados em secreto, são também uma peça fundamental do sistema econômico global, “que está enriquecendo a uma pequena elite corporativa a expensas da cidadania”, conforme diz um parte de imprensa da organização.

O TNI explica, por exemplo, que as demandas de corporações contra governos têm aumentado quase 1.200 porcento desde 1990. Afirma que a cifra que deve pagar a Argentina para se defender das demandas corporativas atinge 912 milhões de dólares. Essa quantidade equivale ao salário médio anual no país de 140 000 professores ou 75 000 médicos em hospitais públicos.

A organização com sede na Holanda estipula que os advogados das corporações, que têm seus estúdios principalmente no Reino Unido e nos Estados Unidos, cobram cerca de 800 dólares por hora e incentivam as empresas a apresentarem demandas.

Vídeo em espanhol:

Foto: http://www.contrainfo.com