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31 de Maio de 2010 | Entrevistas | Soberania alimentar
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A situação do campesinato na Espanha é preocupante. A percentagem da população dedicada a trabalhos vinculados ao campo diminuiu em poucos anos de 25 porcento ao atual 4 porcento, e o éxodo rural, sobretudo entre as novas gerações, é “imparável”.
As reflexões pertencem a Jerónonimo Aguado, presidente da organização Plataforma Rural e produtor na comarca de Terra de Campos, situada ao norte da península ibérica.
O dirigente considera que esta situação é consequência do modelo produtivo agro-industrial que tem se consolidado a partir das políticas agrícolas comunitárias da União Européia.
“Os poucos agricultores que estão ficando não pode se dizer que tenham futuro, muitos deles são meros consumidores de pacotes tecnológicos”, sentenciou Aguado.
A “maior vitória” das transnacionais do agronegócio, conforme o dirigente de Plataforma Rural, tem sido o “desmantelamento” da cultura rural e camponesa.
“Restam poucas práticas e as poucas pessoas que ficam no campo dizem a seus filhos que quanto antes forem embora, melhor. Que vão para a Universidade para não voltar. Hoje o êxodo rural é imparável e há um abandono total do mundo camponês”, comentou Aguado, que destaca que as mulheres “têm sido e continuam sendo” as mais prejudicadas em todo este processo.
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