26 de septiembre de 2011 | Noticias | Encuentro Mesoamericano contra Represas
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Durante o sexto encontro mesoamericano da Rede Latinoamericana de Atingidos por Barragens (Redlar), levado a cabo na Costa Rica, o integrante do coletivo COA, Guadalupe Espinoza Sauceda, foi entrevistado pela Rádio Mundo Real.
O tema central do diálogo foram os principais acontecimentos que se desenvolvem em relação aos processos de resistência à barragem El Zapotillo, no Estado mexicano de Jalisco.
Desde a década dos 40, a região de Altos de Jalisco tem sido explorada com o objetivo de construir barragens para armazenar água potável e distribuí-la ainda em Guadalajara. No caso da polêmica El Zapotillo, conforme Espinoza, trata-se de um projeto liderado por um consórcio de empresas transnacionais da água e financiado em 60% pelo Estado.
A barragem teria uma cortina de 105 metros, inundaria cerca de 5.000 hectares de terras e desalojaria cerca de 5.000 pessoas. “Ao todo seriam atingidas três comunidades, que têm uma característica, muitos de seus moradores tiveram que migrar aos Estados Unidos pelas reformas do presidente Carlos Salinas, na década de noventa”, explicou o referente do coletivo COA.
O processo de construção de El Zapotillo, conforme o dirigente, significa uma privatização clara do recurso hídrico, que vêm acompanhadas de práticas de “repressão e morte” cometidas pelo Exército Nacional e grupos paramilitares, que atacam os movimentos sociais com a desculpa da luta contra o narcotráfico.
“Existe uma criminalização do protesto, nos dizem que somos anti-desenvolvimento porque nos opomos à barragem. Hoje o governo promove uma campanha midiática para apoiar a construção dessas obras”, acrescentou.
O ativista lembrou ainda que no dia 28 de março deste ano a barragem El Zapotillo foi tomada por organizações sociais, paralisando a construção através de uma “ação direta inspirada na defesa da água”.
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