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10 de Dezembro de 2010 | Notícias | Justiça climática e energia | COP 16
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O presidente boliviano Evo Morales chegou na quinta-feira a Cancún, onde está sendo realizada a conferência sobre Mudança Climática das Nações Unidas, e pela tarde participou de um ato público organizado pela Via Campesina no lugar onde tem realizado estes dias seu Fórum por Justiça Social e Ambiental. Morales falou da necessidade de um “neosocialismo que salve o planeta”.
Dezenas de movimentos e organizações sociais dos cinco continentes estiveram presentes na Unidade Deportiva Jacinto Canek, no centro de Cancún, onde estão as instalações do Acampamento da Via Campesina. Ali foi a declaração final do fórum organizado por essa rede internacional como atividade paralela à COP da ONU.
Também fizeram uso da palavra, entre outros, o presidente da Amigos da Terra Internacional, Nnimmo Bassey, e o secretário geral da Confederação Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC), Luis Andrango.
No entanto o mais esperado da jornada foi o discurso do presidente de Bolívia. Num dos pontos mais altos de sua fala, Morales propôs “uma nova doutrina pela vida”. “Se o capitalismo é sinônimo de morte, por quê não podemos propor uma nova doutrina pela vida?”, perguntou Evo. Explicou que essa nova doutrina enfrentaria o “capitalismo, o neoliberalismo, o colonialismo, e portanto o imperialismo”. “Gostaríamos de propor o neosocialismo, o novo socialismo para enfrentar o capitalismo”, afirmou Evo.
No entanto, Morales explicou um pouco mais sua ideia e pediu aos movimentos sociais e aos presidentes da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) para discuti-la em breve. Propôs “um novo socialismo para compartilhar e não para competir, baseado não apenas na luta de classes, que sim é importante, mas que além disso procure viver em harmonia com a mãe terra, com dignidade, mas fundamentalmente com igualdade”.
O presidente da Bolívia manifestou finalmente sobre o ponto que “antes bastava com a luta de classes, agora temos a responsabilidade não só de salvar o operário (...), como também o planeta Terra, respeitando nossas diferenças, buscando a igualdade na sociedade”.
Foto: Rádio Mundo Real
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