4 de noviembre de 2010 | Noticias | Justicia climática y energía
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O presidente boliviano Evo Morales alertou na segunda-feira ao mundo industrializado que se não deter o dano ao meio ambiente e ao planeta “certamente haverá uma rebelião mundial em defesa da vida e da humanidade”. O mandatário disse que os estados do Norte devem assumir sua “dívida climática”.
Morales participou na segunda-feira no ato de apresentação do livro “A Contra-ofensiva Estratégica”, do ex-presidente cubano Fidel Castro, na sede de seu governo em La Paz, capital do país. Foi nesse contexto que fez declarações culpando os estados desenvolvidos pela atual crise climática.
Para o presidente da Bolívia, os países devem assumir a responsabilidade de salvar o planeta com políticas orientadas a esfriá-lo “para evitar sua inanição”, especialmente as nações mais poderosas e responsáveis pela mudança climática. Morales lembrou ainda palavras de Fidel Castro, ao dizer que “os países desenvolvidos ao invés de cobrar a dívida externa, devem pagar a dívida climática pelo dano que causam à humanidade”, conforme a agência estatal boliviana ABI.
O governo da Bolívia tem assumido uma posição de liderança nos marcos das negociações internacionais de clima, e trouxe à tona diversas demandas de movimentos e organizações sociais que lutam por justiça climática.
A administração de Evo Morales organizou em abril a Conferência Mundial dos Povos sobre a Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra, em Cochabamba. Dali surgiu o “Acordo dos Povos”.
Este texto foi levado pelo governo da Bolívia às negociações multilaterais de clima da ONU, que terá sua próxima reunião de 29 de novembro a 10 de dezembro em Cancún, México.
O Acordo dos Povos exige reduções radicais e legalmente vinculantes de emissões contaminantes dos países industrializados, um financiamento desses estados das ações de adaptação e mitigação da mudança climática no Sul global que seja de 6 porcento de seu PIB, transferência de tecnologias para os países mais pobres economicamente para seu desenvolvimento sustentável.
O texto firmado pelas organizações que fazem parte do movimento internacional por justiça climática, que levaram mais de 35.000 pessoas de 140 países a Cochabamba, fala também, entre outras coisas, da dívida climática dos estados ricos, da necessidade de instalar um tribunal que julue as empresas e governos que contaminem, e de realizar um referendo do clima em que participem todos os povos do mundo.
O presidente da Bolívia tem manifestado várias vezes a mensagem de seu governo e dos povos do mundo sobre a mudança climático e as soluções necessárias. “Quando me perguntam qual é a melhor forma de acabar com a pobreza no mundo em desenvolvimento, não hesito em afirmar que o caminho é adotar medidas para esfriar o planeta”, disse conforme ABI. “É uma nova batalha na Bolívia e no mundo para salvar à humanidade”, concluiu Evo Morales.
Foto: Rádio Mundo Real.
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