13 de abril de 2011 | Noticias | Justicia climática y energía
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Os últimos dias estão sendo fundamentais para o futuro de uma das principais reservas de água doce da América do Sul: a região patagônica chilena de Aysén, onde empresas transnacionais estão tentando instalar várias barragens hidrelétricas, apesar do repúdio das comunidades locais.
O chamado projeto HidroAysén está apresentando novamente nestes dias seus estudos de impacto ambiental, processo que tem falhado várias ocasiões anteriores, por objeções de autoridades e organizações locais.
A informação da empresa e dos organismos oficiais envolvidos no projeto tem sido a grande ausente nos quatro anos transcorridos desde que fora anunciado. De fato, o Conselho de Defesa da Patagônia, que reúne organizações locais e regionais que se opõem ao projeto, definiu nesta semana uma tática “clandestina, incoerente com o discurso de transparência promovido pela empresa”, a apresentação de um terceiro addendum (apêndice ao documento de impacto ambiental) de HidroAysén que não foi divulgado como indicam os procedimentos.
Além das comunidades atingidas diretamente pela acumulação de água, serão atingidas severamente aquelas pelas que passariam milhares de quilômetros de fiação elétrica das barragens até as cidades e empresas extrativas do norte chileno.
Foi o que disse à Rádio Mundo Real Marcia Álvarez, do Grupo Herdeiros da Patagônia em entrevista em que falou sobre os quatro anos de luta contra o projeto que os ameaça. Marcia vive na localidade de Cerro Castillo, de cerca de 400 habitantes e adverte que em cada localidade da região de Aysén, existem núcleos organizados de resistência.
A referente também indica que na base deste megaprojeto há corrupção: “hoje sabemos que existem funcionários de governo que possuem ações nas empresas que compõem HidroAysén”.
O estudo de avaliação de impacto ambiental foi apresentado várias vezes, “tem sido retocado e maquiado”, denuncia Marcia na entrevista.
“A batalha não está perdida, não vamos baixar a guarda assim tão facilmente, não vamos deixar assim gratuitamente nossa terra a esses senhores”, disse a dirigente.
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