27 de enero de 2010 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
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Nesta quarta-feira, e como tantas outras vezes desde que um golpe de Estado tirou a democracia do país no passado 28 de junho, o povo hondurenho sairá às ruas de Tegucigalpa. Mas desta vez o fará para despedir ao presidente deposto Manuel Zelaya, que hoje abandonará o país rumo a República Dominicana.
O dirigente camponês Rafael Alegría anunciou a mobilização popular e disse que se bem a resistência não havia podido restituir o mandatário em seu cargo, os hondurenhos continuariam se manifestando com o objetivo de refundar o Estado.
Depois de ser deposto, Zelaya havia conseguido voltar clandestinamente a Honduras em setembro do ano passado, e havia se refugiado desde então na embaixada brasileira. Por isso, Porfirio Lobo, que hoje assume a presidência -a qual chegou a través de eleições ilegítimas para a resistência hondurenha e a maior parte da comunidade internacional- disse que iría a essa sede diplomática para “acompanhar o presidente Zelaya para que va para o aeroporto internacional, para que faça sua saída".
Na delegação que acompanhará a Zelaya fora de Honduras também participarão, conforme Lobo numa rodada de imprensa, os presidentes da República Dominicana, Leonel Fernández, e da Guatemala, Alvaro Colom.
Na mesma rodada de imprensa, Lobo falou das gestões que está realizando para que seu governo seja reconhecido em nível internacional.
Para a resistência hondurenha, o fato Lobo estar como chefe de Estado não é outra coisa que o continuismo da ruptura democrática liderada por Roberto Micheletti. Foi o que indicou a militante Lorena Zelaya, no Fórum Social Mundial que está sendo realizado na cidade brasileira de Porto Alegre.
Em entrevista com a agência Púlsar, a ativista disse ainda que Lobo "não vai poder governar, mas que terá que administrar a desordem que existe no país".
Foto: Ricardo Stuckert
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