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23 de Março de 2012 | Videos
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Em Buenos Aires estão reunidos centenas de delegadas e delegados latino-americanos para realizar a Conferência Especial de Soberania Alimentar e Reforma Agrária onde entre vários aspectos são planificadas as ações que serão realizadas na Cúpula dos Povos que acontecerá paralelamente à Cúpula Rio+20 em junho deste ano.
Nesse contexto, a integrante da Amigos da Terra Internacional (ATI) Karin Nansen, comentou em um encontro de organizações de mulheres de América Latina os “novos mecanismos” reunidos sob o conceito de “Economia Verde” que pretenderão ser legitimados na Rio+20. Destacou a necessidade de coordenar estratégias de luta dos movimentos sociais para enfrentar esse “mecanismo perverso”.
As crises climáticas, alimentares e econômico-financeira que atinjam os países centrais acentuam a tendência à mercantilização da natureza, especialmente nos países do Sul. “Trata-se de uma lógica perversa que atenta também contra os direitos das mulheres, como aconteceu com as políticas neoliberais dos anos 80 e 90”, disse Nansen. “O capital está fazendo de tudo para se beneficiar com estas crises”, afirmou a ativista ambiental a cerca de trinta delegadas de toda a América.
A saída das crises antes mencionadas são propostas através da inovação tecnológica por exemplo através dos agrocombustíveis de terceira e quarta geração ou a biologia sintética e por outro lado através de tratados multilaterais de investimento e livre comércio. No entanto, as organizações propõem questionar o paradigma da economia verde através de conceitos superadores como o de Soberania Alimentar.
Nesta quinta-feira, 22 de março começou a Conferência Especial dos Povos projetando “Rio+20” e também propiciando o diálogo com os governos nacionais e com atores multilaterais como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sobre aspectos importantes como a soberania e segurança alimentares ou a apropriação de terras na região.
Também estão em debate o acesso à terra, a pesca e as florestas para permitir que os pequenos produtores alimentem o mundo, e também como “questão de dignidade e de vida ou morte para milhões de comunidades de agricultura camponesa, pastores, povos indígenas e pescadores”, explicam os organizadores locais da Conferência, o Movimento Nacional Camponês Indígena da Argentina.
Assista o vídeo da fala de Karin Nansen a seguir:
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