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25 de Outubro de 2010 | Notícias | Justiça climática e energia
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Mais de mil pessoas marcharão para Cancún em cinco caravanas pela conferência da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, que será realizada nessa cidade mexicana do 29 de novembre ao 10 de dezembro deste ano.
As caravanas, que estão organizadas pela Assembléia Nacional de Atingidos Ambientais e o movimento internacional de base Via Campesina, reunirão mulheres e homens atingidos pelo atual modelo -que gera a destruição ambiental e prejuízos sociais para proteger o lucro- com o fim de levar suas demandas aos países dominantes.
Estas caravanas partirão de San Luis Potosí, Guadalajara e Acapulco, e se unirão com outros movimentos rurais, urbanos e estudantis na Cidade de México, no dia 30 de novembro, para um protesto massivo pela justiça ambiental e social. Outras duas caravanas sairão de Oaxaca e Chiapas, e todas estarão presentes em Cancún, no dia 3 de dezembro para a inauguração do Acampamento Camponês e Indígena organizado pela Via Campesina.
“As trajetórias das caravanas visibilizarão as lutas locais contra as injustiças sociais e ambientais enquanto a comunidade global se reúne para as negociações climáticas em Cancun. Denunciarão a apatia generalizada em relação aos escândalos sócioambientais atuais, tanto como a manipulação do governo mexicano para implementar megaprojetos para ’Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL)’ que realmente devastam comunidades e o meio ambiente. Este é o caso das grandes granjas industriais de porcos como Smithfield, a produção de agrocombustíveis para aviões, a ’semi-remediação’ de lixões ao ar livre, grandes hidrobarragens e novas extensões de transgênicos”, indica um comunicado emitido nesta segunda-feira pela organização camponesa.
Está previsto que nas caravanas participem camponeses e camponesas de todo o mundo, já que apesar das particularidades de cada realidade local, os problemas que enfrentam diariamente têm a mesma raíz.
Conforme o comunicado, Henry Saragih, coordenador geral da Via Campesina, indicou que líderes da Ásia também marcharão com as pessoas atingidas da América do Norte.
“Em meu país, Indonésia, há centenas e até milhares de lutas do povo, em nível local, contra projetos comerciais que destróem o sustento das pessoas e o meio ambiente”, explicou Saragih.
De 5 a 8 de dezembro, a Via Campesina e seus aliados organizarão um “Fórum Alternativo Global pela Vida, a Justiça Ambiental e Social”. Também está planificada uma mobilização massiva de movimentos sociais para o dia 7 de dezembro.
Foto: argentina.indymedia.org
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