19 de julio de 2010 | Noticias | Industrias extractivas
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Após o desastre ambiental do dia 19 de junho, em que a Pluspetrol derramou 300 barris de petróleo sobre o rio peruano Marañón, começaram a aparecer as promessas empresariais sobre envios de medicina, alimentos e água para as comunidades ribeirinhas atingidas.
Mas como era de se suspeitar, nada disso tem acontecido e a corporação holandesa-argentina continua sem se preocupar por como continuará a vida das milhares de pessoas prejudicadas pela contaminação.
Para hoje, 19 de julho, foi convocada uma mobilização em frente a sede da Pluspetrol na província de Maynas, em Loreto, e são analisadas medidas de força mais severas, como por exemplo um bloqueio ao trânsito de barcos no rio Marañón, conforme a emissora local La Voz de la Selva.
Os moradores, têm previsto entrar com outra ação contra a petroleira no Ministério Público de Loreto, e estão irritados porque através de comunicados a empresa afirmou ter entregue ajuda aos atingidos.
Depois do derrame, diversos estudos certificaram que os níveis de gorduras e óleos nas águas do Marañón ficaram acima dos permitidos, o que provoca impactos irreversíveis para a flora e a fauna, e coloca em risco a saúde das pessoas
À medida que passaram os dias, as novidades sobre centros povoados que sofriam os impactos aumentavam. Nos primeiros dias falava-se de cerca de quatro mil pessoas, mas agora as organizações locais têm registrados cerca de 21 mil moradores danificados
No sábado passado, delegados das comunidades reuniram-se com a empresa para pedir-lhe novamente mantimentos básicos, mas a Pluspetrol pediu um prazo de uma semana para dar uma resposta.
“Isso é uma piada para os povos, esta é uma empresa que pode cumprir, sobretudo pelo dano que têm causado aos povos e ao meio ambiente”, disse a La Voz de la Selva o dirigente local Alfonso López Tejada.
O conflicto ocorre em meio a um debate parlamentar pela aprovação de uma “lei de consulta”, que é resistida pelas organizações sociais mais representativas, dentre elas a Confederação de Comunidades Atingidas pela Mineração (Conacami).
“A legislação é feita para favorecer investimentos de empresas mineradoras, petroleiras multinacionais, prejudicando os direitos dos povos no tema de seus recursos naturais. Um claro exemplo é o que vem acontecendo com o gás, com o derrame de petróleo no rio Marañón”, sentenciou o presidente da Conacami, Mario Palacios, numa entrevista que publica o site oficial da organização.
Foto: www.conacami.org
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