20 de junio de 2012 | Entrevistas | Cumbre de los Pueblos en Rio+20 | Derechos humanos
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No dia de hoje (19), foi realizada a marcha contra as multinacionais da Cúpula dos Povos, uma marcha que partiu do Aterro do Flamengo y foi até a sede da empresa Vale no Rio de Janeiro. O centro das críticas esteve nessa empresa, mas a ação dos movimentos foi contra todas as corporações transnacionais, mineradoras, de alimentos, dos agronegócios, e outras nem sempre tão mencionadas, como por exemplo a FIFA.
Esta empresa está sendo objeto de críticas e ações no Brasil pelos planos que está implementando no Brasil para a realização da próxima Copa do Mundo de Futebol em 2014. As obras estão ameaçando ou diretamente expulsando moradores de diferentes pontos do país.
Rádio Mundo Real conversou com uma destas pessoas ameaçadas pelas obras para a Copa, o índio Deothyro (Carlos Tukano). Além de denunciar o problema que estão enfrentando os indígenas pelas obras que estão sendo realizadas no Estádio Maracanã, também falou sobre a relação entre o desenvolvimento e a identidade dos povos indígenas.
Deothyro veio ao Rio há vários anos e junto a outros indígenas de diversas etnias (Pataxós, Guaranis, Apurinãs, Xavantes, Ticunas, entre outras), começou a trabalhar para divulgar sua cultura milenar, suas línguas, tradições, costumes, rituais, culinárias. Ao longo dos anos a perda destas culturas acontece junto à perda de população indígena, conforme Deothyro “dos 1200 povos que existiam aqui no Brasil, hoje só sobram 240 povos. De oito milhões só sobram 700 mil”.
Em relação ao lugar do índio na atualidade Deothyro considera que deve haver integração, mas que os indígenas devem ter cuidado para não perder sua identidade: “a sociedade acredita que vestindo roupa, calçando sapato, usando relógio nós passamos a ser um cidadão comum, mas isso não é assim. Devemos manter nossa identidade”.
Foto: Rádio Mundo Real
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