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21 de Julho de 2009 | Notícias | Direitos humanos
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“Agora ou nunca”, expressava nesta segunda-feira com os punhos levantados, uma multidão em Honduras, quando os dirigentes sociais e sindicais que têm conduzido as mobilizações populares nesse país depois do golpe de Estado chamavam a duplicar os esforços para restaurar a democracia.
Neste fim de semana, fracassaram as conversações que foram levadas a cabo na Costa Rica entre os representantes do governo hondurenho constitucional, Manuel Zelaya e o de facto, Roberto Micheletti.
As negociações -mediadas pelo presidente costarriquenho, Óscar Arias- não prosperaram, devido a que a delegação do regime golpista se opôs aos pontos apresentados pelo presidente da Costa Rica, e precisamente, à primeira das sete propostas.
Esta proposta estabelecia que Manuel Zelaya deveria ser restituido em seu cargo, e que devia cumprir com ele até terminar o mandato constitucional, que termina dia 27 de janeiro de 2010.
"Sinto muito senhor presidente, mas as propostas que o senhor tem apresentado são inaceitáveis para o governo constitucional de Honduras que represento (...) Precisamente, sua proposta número um representa uma intromissão direta nos assuntos internos de Honduras", disse o chefe da delegação do regime de facto, Carlos López.
Entre as propostas de Arias, que a delegação de Zelaya aceitou, estava a estabelecer um governo de conciliação e a renúncia a realizar a consulta popular onde se perguntaria à cidadania sobre a possibilidade de reformar a constituição.
Por sua vez, Arias pediu um prazo de 72 horas para retomar as negociações, e declarou que a alternativa ao diálogo poderia ser "uma guerra civil e um derramamento de sangue que o povo hondurenho não merece".
Mas o governo golpista ignorou suas declarações, enquanto que a policia ameaçava os manifestantes dizendo que reprimiria qualquer ação que “alterasse a ordem pública”, argumento que a ditadura utiliza para reprimir qualquer mobilização pacífica de protesto.
Neste fim de semana, o Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras (COFADEH) divulgou um informe sobre as violações dos direitos humanos desde que foi cometido o golpe de Estado em Honduras, no dia 28 de junho.
Conforme a COFADEH, existem 1.155 casos registrados de violações dos direitos humanos durante o golpe de Estado, sendo que 1046 correspondem a prisões, e o resto se divide em ameaças, ataques à liberdade de expressão, lesões, e execuções.
Imagen: http://www.flickr.com/photos/yamilgonzales
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