26 de julio de 2010 | Noticias | Industrias extractivas
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Nos últimos dias, tem crescido o rumor de que o diretor executivo da transnacional de origem britânica British Petroleum (BP), Tony Hayward, poderia ser retirado de seu cargo por causa de sua administração da crise do Golfo do México, provocada por um derrame petroleiro sem precedentes iniciado no dia 20 de abril numa plataforma operada pela empresa.
Hayward tem sido uma cara visível no desastre do Golfo, que poderia ter sido parcialmente resolvido dias atrás, quando a BP selou o poço com uma cúpula temporária depois de que ele havia filtrado até 60 mil barris diários de petróleo ao mar, causando enormes danos ambientais que repercutiram nos meios de subsistência dos moradores.
No entanto, o que exigem tanto os moradores, quanto as organizações da sociedade civil dos Estados Unidos é que sejam tomadas medidas profundas, que remediem o desastre ocorrido e que ajudem a prevenir futuros incidentes.
Na semana passada, quando a catástrofe completou três meses, uma coalizão de grupos da sociedade civil – dentre eles organizações como Amigos da Terra e Greenpeace- junto com moradores da costa do Golfo, fizeram uma manifestação em frente ao Congresso estadunidense, onde exigiram terminar com o vicio dos Estados Unidos sobre as fontes de energia suja e exigiram que os legisladores que doassem o dinheiro de sua campanha pelas companhias petroleiras aos esforços de limpeza.
“Congresso: você tem petróleo em suas mãos”, diziam os cartazes dos manifestantes, embora eles não deixaram de indicar que a BP ainda tinha o dever de restaurar as condições existentes no Golfo prévio ao derrame.
Mas foram além, ao exigir um pronunciamento claro de seus representantes no Congresso.
“Os senadores precisam realizar uma escolha, e o povo estadunidense precisa dizer a eles qual deve ser”, disse Ted Glick, integrante do grupo Chesapeake Climate Action Network, conforme um comunicado da Amigos da Terra Estados Unidos.
“Os senadores podem se alinear com BP, ExxonMobil e outras empresas de energia suja que têm dominado a política energética dos Estados Unidos, ou podem apoiar as fontes de energia limpas do século XXI que devem, absolutamente, ser nosso futuro. E pronto. Assim como o governo federal no começo da década de sessenta estabeleceu como prioridade que o homem pisasse a lua no fim da década, nós devemos agora fazer mismo no que diz respeito à ruptura de nosso vício aos combustíveis fósseis. Nossos filhos e netos não merecem menos”, afirmou o ativista.
Foto: www.foe.org
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