3 de abril de 2009 | Noticias | Anti-neoliberalismo
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Há algum tempo, as políticas da Comissão Federal de Eletricidade (CFE) estão na mira das organizações sociais mexicanas. Estratégias privatizadoras, aumentos desmedidos das contas e incentivo a mega-projetos hidrelétricos e eólicos são alguns dos aspectos que mais estão sendo criticados do organismo estatal.
Para o próximo 29 de abril muitos dos grupos que têm feitos estas denúncias estão convocando uma grande mobilização nacional contra a CFE, que incluirá marchas, ocupações simbólicas de sedes e atividades artísticas.
Os movimentos mexicanos denunciarão ainda as políticas de criminalização de protestos que estão sendo impulsionados pelo Estado mexicano.
A história da privatização da energia elétrica no México tem muitos pontos de coincidência com o que tem acontecido em outros pontos da América Latina: depois de processos nacionalizadores que aconteceram durante as décadas de sessenta e setenta as políticas neoliberais dos noventa reverteram essa tendência e desmembraram sistemas de controle público.
Um documento dos grupos promovedores dos protestos de 29 de abril lembra que durante os anos mais severos do neoliberalismo os governos mexicanos permitiram através de decisões inconstitucionais investimentos privados no setor elétrico. Por causa disso, atualmente 40% do setor está privatizado.
O problema teve outras derivações. A concessão da construção de barragens hidrelétricas e parques eólicos a privados e empresas estrangeiras está “despejando milhares de famílias camponesas indígenas e não indígenas de seus territórios”, afirmam, e também traz como consequência o aumento das contas elétricas.
Nos últimos anos, têm surgido em diversos países da América Latina organizações de usuários dos servicios básicos que exigem seus direitos, diante do aumento indiscriminado das contas.
No Brasil, por exemplo, é levada adiante a campanha “O preço da luz é um roubo”, que o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) impulsionou para deter uma situação evidente: a população acaba subsidiando os grandes consumidores de energia. Algo similar acontece com a Guatemala e Nicarágua, onde frentes nacionais de consumidores têm se mobilizado com firmeza para exigir a expulsão da empresa espanhola Union FENOSA.
Imagen: http://visionpublica.blogspot.com
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