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23 de Agosto de 2010 | Notícias | Foro Social de las Américas 2010 | Soberania alimentar
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Uma das organizações camponesas referentes da Argentina, o Movimento Camponês de Santiago del Estero (Mocase), considera que seus pontos prioritários de trabalho são a soberania alimentar e a construção de uma reforma agrária integral.
"Quando falamos da necessidade de mudar um modelo de vida sabemos que não podemos fazê-lo só os camponeses e por isso dizemos “integral”.
Trata-se de procurar um modelo alternativo entre o campo e a cidade em forma conjunta, e não um que se impõe sobre o outro”, disse à Rádio Mundo Real, o dirigente dessa organização, Ruben Lobos.
Nos marcos do IV Fórum Social das Américas realizado em Assunção, a capital paraguaia, o Mocase adverteu os impactos ambientais na água e ar que provoca a expansão do modelo de produção pecuária em Feedlots, cujo principal objetivo é intensificar os níveis de produção através da engorda em currais.
“É um modelo de produção utilizado pelas grandes empresas, para padronizar sabores, preços e qualidade. Nestes currais os animais se estressam, não vivem em seu hábitat natural e isso sente-se depois na comida”, argumentou Lobos.
O Mocase prepara-se para participar em Buenos Aires, de 10 a 14 de setembro, no primeiro congresso do Movimento Nacional Camponês e Indígena (MNCI), que servirá também, conforme Lobos, como preparação para o quinto Congresso da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC), que será realizado em outubro em Quito, capital equatoriana.
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