Iniciada a marcha na cidade de Puyo, na Amazônia equatoriana, seu trajeto segue até Quito: “Seguindo as pegadas dos nossos irmãos e irmãs que marcharam há 20 anos pela legalização de nossos territórios. Continuamos a luta nos dias de hoje, por nosso legado histórico de resistência”, indicam as organizações que convocam a marcha, entre elas a Confederação de Organizações indígenas do Equador (CONAIE) e Ecuarunari, a Confederação Kichwa.

“Saímos novamente de nossos territórios para exigir que a norma constitucional seja cumprida e que o Equador se converta em um Estado plurinacional no qual se abranjam todos os seus povos em igualdade de direitos e no qual se garantam a plenitude das diversas culturas que formam o Equador”, assinala.

“É de pleno entendimento que o Equador não se governa sem a nossa participação, tampouco se cultiva ou se alimenta sem nossas mãos, sendo assim um país que se co-governa em unidade” afirmam as organizações em seu comunicado.

Para as comunidades indígenas é chegado o momento para que o Estado dê passos em direção a uma verdadeira integração e pluralidade, já que até agora se tem percorrido o caminho inverso: “aprendemos o espanhol para compreender o Estado, aceitamos as leis impostas para permitir a democracia e agora demandamos que o mesmo seja feito por nós, avançando-se claramente em direção a uma democracia plurinacional”.

O vídeo anexo a esta notícia contém imagens das atividades realizadas durante a marcha, assim como as palavras do presidente do Ecuarunari, Delfin Tenesaca, explicando a mobilização, que é uma iniciativa das comunidades originárias da Amazônia.

“Um verdadeiro estado plurinacional é a nossa arma contra o sistema neoliberal”declarou o dirigente.

Video: CONAIE)