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3 de Agosto de 2009 | Notícias | Direitos humanos
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Durante o dia de ontem, o movimento popular que exige a restituição da democracia em Honduras -desde que no passado 28 de junho foi destituido o presidente Manuel Zelaya através de um golpe de Estado- os professores Róger Vallejo e Martín Florencio Rivera, que foram assassinados recentemente pelo regime repressivo que lidera Roberto Micheletti.
Vallejo morreu na madrugada do sábado, estando hospitalizado desde quinta-feira, dia em que recebeu um tiro na cabeça quando as forças repressivas da ditadura desalojaram violentamente um bloqueio de estrada efetuado pelo que resistem pacíficamente frente ao golpe.
Nesse mesmo dia foram feridos gravemente vários manifestantes, dentre eles o dirigente popular e candidato presidencial Carlos H. Reyes, que ainda continua hospitalizado com fraturas e feridas profundas.
O outro professor assassinado, Martín Florencio Rivera, foi morto com armas brancas na madrugada de ontem, enquanto voltava à sua casa depois de ter comparecido ao velório de Vallejo. Sua família anunciou que o enterro será hoje.
Várias missões internacionais de direitos humanos que estiveram presentes em Honduras recentemente divulgaram seus informes, as inúmeras violações dos direitos humanos cometidas pelo regime de facto, reprimindo os manifestantes pacíficos, fazendo execuções extrajudiciais, e limitando a liberdade de expressão.
Agnes Callamard, da organização britânica ARTICLE 19, que defende os direitos da mídia, disse à agência Reuters que seu grupo hava constatado que o governo de facto havia fechado várias emissoras de rádio e de televisão que não apóiavam o golpe.
"Os jornalistas estão recebendo ameaças e estão sendo intimidados mediante correios eletrônicos e ligações telefônicas. São feitas acusações de assassinatos extra-judiciais cometidas pelas forças de segurança do Estado", afirmou.
Enquanto isso, o presidente Zelaya afirmou que vai denunciar os golpistas à Corte Penal Internacional, e que viajará ao México na terça-feira para se reunir com seu homólogo mexicano, Felipe Calderón.
Em Honduras, apesar da repressão, o movimento popular continua mobilizado, e anunciou que na quarta-feira realizará duas marchas multitudinárias para exigir a volta da democracia.
Foto: http://www.que.es/
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