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29 de junio de 2011 | Entrevistas | Agua | Encuentro de los Pueblos Abya Yala | Luchadores sociales en riesgo
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Os defensores de direitos como o acesso à água potável e a defesa deste recurso contra projetos extrativos enfrentam no Equador gravíssimas acusações em processos na Justiça não pelas empresas transnacionais mas pelo próprio Estado.
É o que diferentes líderes de organizações camponesas e indígenas no recente Encontro Continental em Defesa da Água e a Pachamama realizado no sul do país, em Cuenca, onde estão as principais concessões de mineração.
“A justiça age como uma serpente: só morde os pés descalços”, resumiu o Dr. Carlos Pérez Guartambel, coordenador do Encontro.
Foi o caso do presidente da Federação Shuar, Pepe Acacho, quie junto a outros dirigentes das culturas amazônicas têm enfrentado processamentos e prisão com base em um código penal utilizado para a criminalização do protesto.
Acacho contou sobre as circunstâncias pelas quais em fevereiro passado foram capturados líderes dos shuar e levados sem ordem judicial através de um operativo que incluiu helicópteros até um presidio da capital, apesar de se estarem em negociações com o governo sobre as ações judiciais contra as empresas petroleiras na região amazônica.
Até agora, Acacho e seus companheiros estão sob acusações de sabotagem e terrorismo y cumprindo com medidas substitutivas à prisão que significam a impossibilidade de abandonar o país e a obrigação de se apresentar semanalmente em dependências policiais de sua província, Morona Santiago.
“Hoje somos saboteadores e terroristas quando ontem eramos heróis da pátria. Estamos convencidos de que não importam os julgamentos e as cadeias, mas sim a liberdade da população e a defesa de nossos bens naturais”, disse Acacho.
Foto: FIAN Ecuador
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