13 de julio de 2009 | Noticias | Derechos humanos
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Sem maiores explicaçoes, o regime de fato de Honduras decidiu levantar no domingo o toque de recolher noturno que havia imposto no país desde o dia 28 de junho.
Em rede nacional de rádio e televisao, as autoridades golpistas anunciaram que a medida “já havia alcançado seus objetivos”, e que por isso era suspensa.
Um dia antes, a imprensa internacional informava que haviam sido assassinados no país dois dirigentes do partido esquerdista Unificación Democrática; Roger Iván Bados, de 54 anos de idade, e Ramón García, de 40.
Suas mortes somaram-se às dos manifestantes pacíficos, que foram assassinados por francotiradores enquanto reclamavam o re-estabelecimento do governo democraticamente eleito de Zelaya, o dia em que o presidente tentou regressar ao país mas foi impedido pelo governo de fato.
Também no fim da semana, vários jornalistas estrangeiros afirmaram que a polícia hondurenha os havia detido durante várias horas, sem apresentar ordens ou justificativas.
As primeiras equipes jornalísticas detidas pelos oficiais da polícia foram as da rede venezuelana Telesur e as do canal Venezolana de Televisión.
Embora a versao dada pela polícia para prender os jornalistas tenha sido a denúncia de roubo de um veículo em que eram transportados, um dos jornalistas de Telesur contou que um oficial lhe havia dito que se fossem do país o mais breve possível porque ali “ nao havia nada que informar”, e que havia responsabilizado o presidente venezuelano Hugo Chávez pela crise política que atravessa Honduras.
No domingo, a polícia deteve um grupo de jornalistas estrangeiros em seu hotel argumentando que tinham problemas de migraçao.
Além disso, agências internacionais de imprensa como AFP informaram que os oficiais de migraçao percorreram vários hotéis acompanhados de policiais armados e encapuzados, revisando a situaçao migratória dos jornalistas estrangeiros.
Enquanto isso, o presidente de Costa Rica, Óscar Arias, anunciou que na próxima semana retomaria a mediaçao entre o governo constitucional e o de fato em Honduras, que semana passado começou em San José, sem resultados significativos.
Zelaya segue mantendo que seu regresso a Honduras “nao é negociável ”, posiçao que apoia toda a comunidade internacional.
Vários expertos assinalaram que a suspensao da ajuda internacional é vital para a manutençao do regime de fato, poruqe o país só poderia sustentar-se economicamente nestas condiçoes por alguns meses.
"Nas atuais condiçoes, que um governo possa resistir por mais de seis meses é impossível”, disse à AFP Wilfredo Girón, professor de Economia da Universidade Nacional Autônoma de Honduras.
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