7 de enero de 2010 | Noticias | Derechos humanos | Industrias extractivas
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Os últimos dias do ano em El Salvador foram estremecidos pelo brutal crime contra uma ativista ambientalista do departamento de Cabañas, assassinada pelas costas, grávida e no momento em que levava nos braços uma criança, que por sorte ficou ileso. Era Dora Santos Sorto Rodríguez, assassinada na comunidade Trinidad.
Mas não é fato isolado, e sim um novo capítulo na série de assassinatos que nessa mesma região salvadorenha têm sido cometidos durante o ano, desde que a meados de 2009 fora assassinado –apesar de contar com “custódia” policial ordenada pela Justiça depois de um atentado prévio- Marcelo Rivera, destacado militante contra os mega-projetos mineradores em El Salvador.
No dia 20 de dezembro, Ramiro Rivera integrante do Comitê Ambiental de Cabañas (CAC), soma seu nome à lista de assassinados pela mão invisível – embora “eficiente”- da mineração.
Em Cabañas e em particular em Trinidad, ninguém da comunidade duvida que a autoria intelectual destes crimes seletivos provém de “Pacific Rim”.
De fato no momento do enterro de Dora Santos, o padre Valentín Arias representou todos ao indicar a empresa como responsável do banho de sangue: “A cobiça e a ambição do ouro é a raíz de todos estes males”, disse e acrescentou “não estamos aqui para calmar a consciência, estamos para despertar a consciência, para fortalecer a organização comunitária e para exigir que esta empresa vá embora de uma vez por todas e não queremos que vá para outra parte, porque qualquer lugar onde chegue vai causar dano, queremos vá embora de Cabañas, de El Salvador e do mundo”.
Radio Mundo Real conversou com José Acosta, integrante de CESTA-Amigos da Terra El Salvador que transmitiu a profunda indignação da comunidade que longe de se transformar em medo e retirada se traduz num fortalecimento da resistência aos projetos mineradores.
“A população já não tem nenhuma confiança nas instituições como a polícia e a justiça que não têm cumprido papel algum em evitar estes crimes e isto nos parece muito preocupante”, afirmou Acosta.
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