20 de septiembre de 2012 | Entrevistas | Agua | Foro Social Mundial Palestina Libre | Anti-neoliberalismo | Derechos humanos | Luchadores sociales en riesgo | Soberanía Alimentaria
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PENGON – Amigos da Terra Palestina convidou dois representantes de Amigos da Terra Internacional (ATI), organização ambientalista presente em aproximadamente 80 países, a viajar até a Palestina para verificar as consequências da ocupação israelense no meio ambiente.
Durante a missão, que durou do dia 26 ao dia 29 de agosto, o ativista Bobby Peek, de Amigos da Terra África do Sul, e o seu colega Eurig Scandrett, de Amigos da Terra Escócia, falaram com membros de comunidades de várias partes do país, dentre elas a zona da Cisjordânia.
Os ecologistas foram testemunhas do dano ambiental causado pela atividade industrial e comercial e pela construção de assentamentos por parte de Israel.
Rádio Mundo Real entrevistou à ativista Ayman Rabi, de PENGON – Amigos da Terra Palestina, sobre a missão de ATI nesse país.
PENGON faz parte de Amigos da Terra Internacional e realiza campanhas na Palestina principalmente sobre assuntos ligados ao acesso à terra e à água, mudança climática e também o empoderamento das comunidades por meio do trabalho em nível local.
Ayman explicou que a missão de ATI teve como finalidade “verificar as violações ao meio ambiente em consequência da ocupação israelense dos territórios palestinos”. Também se procurou “dar a conhecer as práticas discriminatórias feitas aos agricultores palestinos”.
A missão visitou várias comunidades na Cisjordânia que padecem a escassez de água e violações aos seus direitos por parte dos colonizadores israelenses. Segundo disse Ayman, essas comunidades sofrem “problemas de poluição causados pelas águas residuais dos assentamentos (israelenses) da zona”, e existem “restrições aos agricultores palestinos para utilizarem a terra”, um exemplo é o “muro de separação construído ali” pelo governo do Israel.
O muro começou a ser levantado em 2002 durante o governo do primeiro ministro israelita nesse então, Ariel Sharón, com o objetivo oficial de “evitar a infiltração de terroristas suicidas palestinos em território israelense“. O Tribunal Internacional de Justiça em Haia (Holanda) o declarou ilegal em 2004, pois a barreira separa terras palestinas na Cisjordânia. Nações Unidas também o condenou. Graças a essa barreira israelense, uns 500.000 palestinos estão separados dos seus campos e locais de trabalho.
PENGON divulgará as conclusões da missão o mais rapidamente possível, com o objetivo de sensibilizar e informar sobre a situação atual dos territórios ocupados pelo Israel, e dar a conhecer uma nova olhada do que está acontecendo na Palestina.
Foto: PENGON – Amigos da Terra Palestina
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