4 de septiembre de 2012 | Entrevistas | Derechos humanos | Industrias extractivas | Soberanía Alimentaria
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Nos marcos da recente reunião do Comitê de Coordenação provisional da Aliança para a Soberania Alimentar Rádio Mundo Real conversou com Jorge Satanley, cujo nome originário é "Mani" sobre a situação no Panamá, as vitórias atingidas nos marcos da presença dos movimentos no sistema das Nações Unidas e o futuro próximo da Aliança.
A entrevista começou lembrando a memória do líder histórico da nação kuna, Nele Kantule (1868-1944), condutor do levantamento dos kunas contra o estado panamenho que terminou com o reconhecimento de seu território autônomo, ao ser comemorada a data de sua morte.
O processo de construção de uma plataforma que se unifique em torno à Soberania Alimentar na região e em escala planetar, conta com a contribuição indispensável dos povos indígenas, comunidades ameaçadas em seus territórios e meios de vida e reprodução pelo avanço da mineração, o agronegócio e as corporações transnacionais, indica Mani.
Nesse sentido, indicou que a equipe de representantes dos movimentos sociais tanto perante a FAO quanto ao Comitê de Segurança Alimentar Mundial promoverão a realização de espaços de difusão em nível sub-regional nos primeiros meses de 2013 para sensibilizar sobre a importância desses espaços e ferramentas.
Tutela do norte
Com mais de 20 intervenções militares diretas dos EUA no Panamá, a ocupação durante mais de um século do canal interoceânico e nada mais nada menos do que 19 bases militares hoje em dia funcionando na istmo sob controle estadunidense, os panamenhos têm visto a permanente ingerência e “tutela” de Washington sobre sua soberania.
Nesse sentido destacou a mobilização tanto do povo kuna como da nação Ngöbe Buglé que tem levado adiante uma forte resistência após um século de exploração do estado panamenho.
Os indígenas no Panamá têm evitado o desmembramento de seus territórios apesar da existência de bases militares em várias zonas, particularmente a fronteiriça com a Colômbia, permanentemente assediada por tropas dos Estados Unidos. “Quer se justificar essa presença dizendo que os dirigentes indígenas somos narcotraficantes. Estão envolvendo–adverte finalmente Mani- em algo que pode ser um conflito regional quando somos uma nação pacífica que combatemos o narcotráfico com nossa autonomia”.
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