14 de mayo de 2009 | Entrevistas | Anti-neoliberalismo
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A Guatemala esteve ocupando a mídia do mundo logo de que o assassinato de um conhecido advogado provocara acusações de corrupção e homicídio a pedido de altas esferas oficiais do governo desse país.
O centro da polêmica é a gestão no banco semi-estatal Banrural, o mais importante da Guatemala e a acusação direta ao mandatário Álvaro Colom leva a pensar que pretende se desestabilizar o clima social na Guatemala para virar o rumo de sua gestão, é o que considera Carlos Muralles, representante legal da organização CEIBA-Amigos da Terra.
O advogado assassinado no domingo passado (10) era Rodrigo Rosenberg, que num vídeo acusava de sua possível morte ao presidente Colom, sua esposa e outros funcionários oficiais. Rosemberg também acusava Colom da morte intencional de um empresário vinculado a Banrural, Khalil Musa e sua filha no mês passado.
Na gravação, de 18 minutos, observa-se o advogado explicando os motivos pelos quais teria sido mandado seu assassinato.
“A razão pela que estou morto é porque até o último momento fui advogado do empresário Khalil Mussa e sua filha”, diz Rosenberg no vídeo. O advogado também deixou um documento alegando os motivos de sua morte.
No entanto, apesar do contundente do vídeo, a organização CEIBA mantém uma luz de alerta: “temos nossa suspeita de que trata-se de uma manobra das principais câmaras empresariais do país” para obter a intervenção da Banrural e desativar algumas políticas públicas corretas do governo de Colom, disse Muralles à Rádio Mundo Real.
Para o representante legal da CEIBA “muitos estão aproveitando para desprestigiar ao governo e por outro lado criar um clima de desestabilização no país e pôr a perder os programas de tipo social e que sejam empregados outros programas de caráter empresarial”.
Muralles opinou que busca se desprestigiar o próprio Banrural – onde na diretiva estão representadas organizações sociais e camponesas- com o objetivo de desfinanciá-lo e interví-lo.
O integrante de CEIBA não descarta que o governo guatemalteco tenha efetivamente cometido negócios sujos vinculados aos círculos de empresários. “Não temos uma posição de defender totalmente o governo, mas sim que concedemo-nos o benefício da dúvida para alguns assuntos que ali são mencionados. É uma situação bem delicada e preocupante, pelo que pedimos que seja feita uma verdadeira investigação de tudo isto e que fiquem no claro as eventuais responsabilidades do governo e também de aqueles que queiram se aproveitar desta situação”, disse Carlos Muralles.
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