14 de septiembre de 2009 | Noticias | Anti-neoliberalismo | Soberanía Alimentaria
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Sendo um setor estratégico no que tem a ver com a alimentação e frágil economicamente, os pequenos produtores e produtoras de leite da europa, e principalmente os franceses, exigem uma mudança drástica na política européia realizando uma greve de produção e fortes mobilizações.
Os ministros de Agricultura da UE debatem hoje em Bruxelas sobre a crise do setor. A reunião foi precedida por uma série de mobilizações em vários pontos importantes da Europa e mesmo na própria capital da União.
O sindicato de produtores europeus de leite (European Milk Board, EMB) acredita que na França, 40 porcento dos produtores uniram-se a greve. Na sexta-feira 11, integrantes da EMB inundaram com leite a praça principal da cidade de Charleroi, no sul da Bélgica, como parte dos protestos que têm incluido bloqueio de estradas e o impedimento de que o leite seja recolhido por caminhões.
A Coordenadora Européia da Vía Campesina tem expressado seu total apoio às medidas de força tomadas pelas organizações de produtores, como bloqueio às indústrias lácteas, as fábricas de leite em pó e os centros de armazenagem de leite em pó para evitar romper com a greve.
A Via Campesina fez um chamado aos consumidores para apoiar as reivindicações dos produtores e produtoras de obter um preço do leite (40 centavos de euro, como base) “que reconheça o valor de seu trabalho e por uma limitação das margens entre a produção e o consumo”.
Três dias depois da reunião de ministros, produtores de toda a Europa também irão a Bruxelas para avaliar os resultados dela em políticas futuras; caso considerem-nas insuficientes, o conflito se estenderia para todo o bloco.
A Vía chama “os contribuintes a rejeitarem que o orçamento da UE sirva para exportar produtos lácteos a preços por baixo dos custos de produção (dumping), que arruinam a produção leiteira local nos países do Sul”.
Para a organização, a má política leiteira é responsável pela situação de superprodução e torna-se imperioso mudá-la drasticamente. As soluções passam por reduzir a produção com uma percentagem que permita equilibrar o mercado e preços à produção mais altos, proporcionalmente ao volume de produção da exploração, sem redução por parte dos pequenos produtores, afirma a Via Campesina.
A organização exige por outro lado “lançar um debate europeu sobre os métodos de produção leiteira. Estamos a alguns meses da conferência climática de Copenhague e a UE já não pode defender um modelo de produção intensivo com base na importação de soja da América Latina, transformada num excedente de manteiga e leite em pó. Esta dependência não apenas faz com que a UE seja muito vulnerável estrategicamente, com também provoca danos meio-ambientais e sociais tanto na América Latina como na Europa”.
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