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23 de Abril de 2012 | Notícias | V Festa das Sementes MPA-Brasil | Soberania alimentar
O Movimento de Pequenos Agricultores do Brasil (MPA, integrante da Via Campesina) denunciou em seu seminário de capacitação massiva que está sendo realizado no estado de Santa Catarina, o que consideram um golpe letal para a saúde de agricultores, agricultoras, cidadãos urbanos e o meio ambiente: a próxima aprovação para o cultivo de eventos transgênicos de soja e milho com resistência ao poderoso herbicida 2,4-D”.
Conforme o dirigente Frei Sergio, o Comité Técnico Nacional de Biossegurança do Brasil (CNT-Bio) adiou em dois meses a aprovação quase certa destes dois eventos, para sua comercialização no Brasil.
Este herbicida conta com uma triste história em seu uso agrícola, mas também militar, ao ter sido um componente do agente laranja, o esfoliante usado pelos Estados Unidos em sua guerra contra o Vietnã (1964-1975), causando sérios problemas no sistema reprodutor das populações atingidas.
A informação sobre sua aprovação vem sendo administrada de forma confidencial pelos integrantes da CTN-Bio,donde participam 27 integrantes de onze ministérios do governo federal do Brasil, da sociedade civil e de organizações científicas.
Tudo indica que, apesar do adiamento, estes eventos serão finalmente liberados. Mesmo assim, está sendo anunciada uma forte campanha de denuncia para que o fato não fique impune. Outras organizações como Terra de Direitos têm realizado uma denuncia pública.
Frei Sergio propôs realizar a denúncia indicando que representa um risco enorme para os camponeses e agricultores brasileiros. Segundo ele, os transgênicos com resistência ao herbicida genérico glifosato (cujo nome comercial original foi Round Up, da Monsanto) começou a gerar resistências em ervas daninha em vários plantios, com o que pretende-se aumentar a toxicidade dos herbicidas a utilizar no futuro nestes cultivos.
O MPA resolveu depois da denúncia, fazer pública essa situação em escala nacional e internacional anunciando o reforçamento das campanhas contra os agrotóxicos e os transgênicos.
Para o movimento, esta aprovação segue a lógica da extensão e intensificação do uso de agrotóxicos do agronegócio, apesar de que para o seu desenvolvimento e generalização argumentou-se que tinham como objetivo reduzir seu uso.
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