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25 de Maio de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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As companhias bananeiras Dow Chemical e Dole Fruit nunca assumiram sua responsabilidade pelos danos mortais que causaram na Nicarágua durante anos de aplicação do agrotóxico Nemagón.
As transnacionais não deram ouvidos as resoluções judiciais dos tribunais nacionais e internacionais, e que foram favoráveis para as mais de 10 mil famílias nicaraguenses atingidas por esse produto químico.
“São famílias descartadas, e representam o que o neoliberalismo tem definido como população sobrante. Há mais de uma geração de trabalhadores agrícolas perdida pelos impactos do Nemagón em nosso país”, disse à Rádio Mundo Real o dirigente Edgardo García, secretário geral da Associação de Trabalhadores do Campo (ATC) da Nicarágua, integrante da Via Campesina.
Câncer, problemas renais, malformações e esterilidade fazem parte do dantesco panorama que deixaram as corporações bananeiras no território centro-americano, conforme García.
O representante camponês acrescentou que apesar de as famílias terem apresentado provas em tribunais dos Estados Unidos e Nicarágua, os porta-vozes da Dole, por exemplo, têm esgrimido que a justiça sob o regime de governo sandinista não dá garantias.
Por outro lado, García falou dos problemas que sofrem as 50 mil famílias nicaraguenses afiliadas à ATC pela expansão dos cultivos de palma africana e a laranja –que concorrem pelas melhores terras-, e disse quais são os planos do campesinato para deter esse avanço das monoculturas.
A ATC impulsionou a já aprovada Lei de Soberania Alimentar; bem como também a criação de um Banco Nacional para pequenos produtores, a criação de um fundo de terras para a mulher rural e diferentes programas de reflorestamento e conservação de águas.
Foto: Rádio Mundo Real
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