«Vemos ameaçada nossa qualidade de vida», advertiu a CMS num comunicado de imprensa divulgado ontem na Argentina. Acusam o governo portenho de esconder um «grande negócio imobiliário» por trás das promessas de desenvolvimento econômico para a zona sul.

«A lei que sancionou este projeto é de 2005. Junto com a do polo farmacêutico surgiu a lei de urbanização para a Villa 20 e a construção de um hospital para Lugano», afirmou Rosa, porta-voz a CMS.

«A construção do hospital foi transformada num centro de saúde, na verdade o hospital não existe, e a urbanização da vila tampouco».

Rosa mora a 5 quadras de onde será construído o polo farmacêutico, onde moram mais de 20 mil pessoas que moram na Vila 20, onde as crianças já convivem entre roedores e com chumbo no sangue.

A coordenadora indicou que na preparação de remédios serão produzidos resíduos líquidos que acabarão num arroio próximo, representando um «flagrante» perigo para a saúde.

«Há um estudo de impacto ambiental, não coincidimos em muitos pontos ―diz Rosa―, há muitas coisas que não ficam claras».

A referente da CMS afirmou que a promessa de trabalho para as pessoas é um mentira «absoluta», porque os laboratórios que serão instalados «já vêm com seu pessoal, com seus técnicos, com seus diretores».

Hoje pela manhã, os moradores expressaram seu desacordo com o projeto numa audiência pública convocada pela Agência de Proteção Ambiental (APrA) da cidade.

Foto: http://www.argentina.indymedia.org/