5 de noviembre de 2009 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
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As manobras dilatórias para a restituição do presidente hondurenho José Manuel Zelaya ensaiadas pelas forças golpistas têm tensionado o país centroamericano, onde nesta quinta-feira (5) vive-se um momento crucial já que vence o prazo estabelecido para o cumprimento do acordo que ponha fim ao golpe de estado.
Uma delegação internacional promovida pela Organização dos Estados Americanos vê os avanços e retrocessos das negociações, enquanto concentrações populares, vigilias de organizações de mulheres e mobilizações ocorrem em toda Honduras pedindo a volta do mandatário e marcando a pauta das demandas populares face às anunciadas eleições do 29 deste mês.
Foi o que disse à Rádio Mundo Real a integrante da Via Campesina Honduras Mabel Márquez.
Nesta terça-feira passada, o conselho diretivo do Congresso de Honduras resolveu “consultar” a Corte Suprema de Justiça e a Fiscalia sobre a restituição do presidente Zelaya, dilatando a decisão. Essas instâncias apoiaram tacita ou explícitamente o golpe, “são eles mesmos os golpistas, a pessoas estão muito irritadas já e não estão dispostas a continuar suportando este tipo de situações”, afirmou Mabel Márquez da Via.
Embora a Frente de Resistência que organizou a dura luta contra o golpe, incluisse em sua plataforma para o reestabelecimento de Zelaya a convocatória a uma Assembléia Nacional Constituinte que promovesse mudanças profundas em matéria de direitos humanos, sociais e da estrutura estatal hondurenha, essa demanda fica suspendida como condição dos golpistas para devolver o poder e realizar eleições.
“Esse acordo é um acordo meramente político, mas a Frente de Resistência tem muito claro sua posição. Se vamos ter que nos sacrificar para que a ordem constitucional seja reestabelecida, vamos respeitar os acordos que o Presidente faça, mas logo de instalado o Presidente, nós poderemos continuar lutando nas ruas pela Assembléia Constituinte”, disse a integrante da Via Campesina.
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