28 de junio de 2011 | Noticias | Derechos humanos
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A história, por mais conhecida que seja, não deixa de ser trágica: na madrugada do dia 28 de junho de 2009 um comando militar invadiu a residência presidencial e sequestrou o presidente, eleito democraticamente, Manuel Zelaya.
Depois chegaram mais sequestros, mais perseguições e muitas mortes. Apesar das sistemáticas violações de direitos humanos do regime golpista, a resistência hondurenha manteve-se estóica durante estos dois anos.
Nesta terça-feira 28 de junho, o ex-presidente Zelaya e a Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) concentraram-se em San Pedro Sula, a capital econômica do país, para lembrar os dois anos do Golpe.
Todos estes movimentos em meio a uma efervescente discussão entre as organizações populares que exigem a queda das forças golpistas, que ainda continuam operando para deter a restauração democrática.
Um exemplo é o controle que ainda exercem sobre o Poder Judicial: um ex-ministro do governo de Zelaya, Enrique Flores Lanza (que teve que se exilar) foi condenado a pagar uma fiança milionária num prazo de duas semanas, e caso não o fizer deverá ir para a cadeia. “É um julgamento totalmente político”, afirmam integrantes da FNRP.
Por outro lado, no domingo passado, foi lançado a Frente Ampla de Resistência Popular (FARP), uma alternativa política para as eleições de 2013 foi apresentada como um espaço “anti-monópolico e anti-oligárquico” que visa a criação de “um novo Estado hondurenho”.
A decisão de consolidar este espaço político, através da revogação de uma resolução contrária que havia sido tomado em fevereiro, foi tomada por maioria em uma assembleia da FNRP, e foi questionada, por exemplo, pelo Conselho de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH).
Neste segundo ano do golpe que levou ao poder a Porfirio Lobo, a Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC-Vía Campesina) lançou um comunicado para condenar “as ações covardes” daquele 28 de junho de 2009.
“Aplaudimos a resistência hondurenha que tem se tornado um exemplo da coragem de nossos povos”, indica a CLOC, que destaca a necessidade de levar em conta a participação das organizações camponesas, sociais e populares da FNRP “no desenho de um novo marco constitucional que garanta os direitos de todas e todos”.
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