22 de septiembre de 2010 | Noticias | Industrias extractivas
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Uma delegação internacional visitou este fim de semana a comunidade de San Juan Sacatepéquez, na Guatemala, e logo expressou sua preocupação pelos impactos sociais e ambientais do projeto de exploração mineradora da empresa Cementos Progreso e a transnacional suíça Holcim.
A informação recolhida nesta visita foi apresentada ao Ministério de Energia e Minas da Guatemala nesta segunda-feira 20 de setembro, e também a diferentes embaixadas no país centro-americano.
A delegação da Amigos da Terra Internacional esteve composta por 20 pessoas de Holanda, Inglaterra, Estados Unidos, Nigéria, Bélgica, Filipinas, África do Sul, Sri Lanka, Uruguai, Costa Rica e Guatemala, que visitaram beste sábado 18 de setembro as comunidades do município de San Juan Sacatepéquez.
“Ouvimos depoimentos dos moradores e observamos evidências dos impactos sociais e ambientais que tem se constatado na zona pelas atividades destas empresas”, indica o comunicado da Amigos da Terra Internacional, a maior federação ecologista de grupos locais do mundo, com presença em 77 países.
As comunidades indígenas e camponesas atingidas dependem da produção da agricultura em pequena escala, o cultivo de flores e a criação de animais.
“Em 2007, a municipalidade de San Juan Sacatepéquez se comprometeu duas vezes a fazer uma consulta às comunidades, mas em ambas ocasiões, contrariando as expectativas das comunidades, a consulta foi desativada e não foram levadas a cabo”, continuam no documento.
Os ambientalistas lembram que as comunidades organizaram uma Consulta Comunitária, uma tradição entre os povos indígenas, para conhecer a posição das populações sobre este projetos minerador e a construção de uma estrada para o transporte da produção de cimento.
“Nessa consulta, quase 9.000 habitantes das 12 comunidades consultadas rejeitaram a instalação deste projeto minerador”, indicam.
O Convênio 169 da OIT estipula a obrigatoriedade de consultar os povos e comunidades indígenas antes de que se iniciem projetos que atinjam seus modos de vida e seus territórios, e até esse organismo decretou que a Holcim viola os direitos de povos indígenas.
Óscar Gálvez, integrante de CEIBA, Amigos da Terra Guatemala, conversou com Rádio Mundo Real poucas horas antes da visita a San Juan Sacatepéquez, e nos comenta mais detalhes da realidade que vivem estas comunidades.
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