Conforme o comunicado, Teresa de Jesús Flores Elvir desapareceu de sua casa no sábado 7 de agosto. Seu corpo sem vida foi encontrado dias depois, na quarta-feira (11), embora no começo não pôde ser identificada, por causa do estado de putrefação em que estava o cadáver.

“Teresita, como carinhosamente chamavamos ela, era (...) mãe de 14 filhos e no ano anterior esta companheira perdeu 15 de seus familiares num acidente automobilístico enquanto voltavam do enterro de um parente seu, era coordenadora de vários grupos camponeses no setor onde residia e havia sido dirigente da Organização Camponesa de Honduras (OCH). Recentemente fazia parte do novo Conselho Coordenador de Organizações Camponesas de Honduras (COCOCH) reformado”, explica o comunicado da Via Campesina.

O corpo de Teresa de Jesús Flores Elvir tinha tiros e sinais de ter sofrido torturas. Alguns veículos de imprensa publicaram ainda que faltava-lhe um braço e tinha marcas de machadadas.

No comunicado do grupo camponês de base não há ainda explicações sobre os motivos do assassinato, embora se anuncia que logo serão apresentadas versões “sobre o motivo deste crime contra uma valente mulher que tem dedicado grande parte de sua vida às lutas do campesinato”.

A partir do golpe de Estado acontecido em Honduras em junho do ano passado, a violência contra os integrantes do movimento de resistência popular tem aumentado, e não tem diminuido com a chegada à presidência de Porfirio Lobo, que a resistência acusa de ser continuista do regime golpista e de ter chegado ao poder através de eleições ilegítimas.

Foto: Teresa de Jesús Flores Elvir, abajo a la derecha (La Vía Campesina)