7 de julio de 2010 | Noticias | Industrias extractivas
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Cerca de quatro mil habitantes da beira do rio Marañón, na região amazônica do Peru, foram atingidos no dia 19 de junho pelo derrame de cerca de 300 barris de petróleo que eram levados em barcaças. Não existe outra interpretação sobre a responsabilidade do crime ambiental: todas as miras apontam para a corporação Pluspetrol, que soma outro desastre a seu longo prontuário.
A contaminação prejudica principalmente comunidades indígenas do departamento de Loreto, e os relatórios preliminares dos especialistas alertam que os níveis de gorduras e óleos sobre as águas do Marañón estão muito acima dos permitidos, e poderiam provocar impactos irreversíveis para a flora e a fauna.
O desastre ecológico já teve as primeiras repercussões no sistema político. A bancada parlamentar do Partido Nacionalista Peruano (PNP) –cujo principal referente é o ex-candidato presidencial Ollanta Humala- apresentou na sexta-feira dia 2 de julho uma ação contra seis executivos da transnacional petroleira, por sua responsabilidade no derrame.
Lembraram ainda que um dos povoados mais prejudicados, Santa Rita de Castilla, utiliza as águas do Marañón para consumo, e por isso a empresa petroleira poderia ser acusada de delitos vinculados a atentados à saúde pública.
A empresa Pluspetrol Resource Corporation é de origem argentina, mas tem sede na Holanda, e há vários anos é acusada de vulnerar os direitos de povos indígenas na amazônia peruana. Já havia sido denunciada ao Tribunal Permanente dos Povos (TPP) em maio em Madri, por ter vulnerado as liberdades fundamentais da população indígena desta zona.
Mas a Pluspetrol não é a única companhia extrativa acusada de cometer delitos ambientais no Peru durante as últimas semanas. Além de denunciar o conflito no Marañón, um relatório de Chamí Radio que difunde a agência de notícias ALER, denuncia um derrame de substâncias químicas utilizadas para a extração na mineradora "La Caudalosa Chica", situada no departamento de Huancavelica, ao centro do país.
Neste caso, os relatórios das autoridades ambientales falam de cerca de 21 mil metros cúbicos de produtos que contaminam o rio Opamayo, o que estaria impactando fortemente sobre dez comunidades ribeirinhas.
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