6 de noviembre de 2012 | Crónicas | Víctimas del cambio climático | Conferencia internacional El Salvador | Soberanía Alimentaria
A Soberania Alimentaria como parte das soluções aos efeitos da mudanças climáticas no meio rural foi proposta na primeira jornada da Conferência Internacional Mudanças Climáticas, Territórios e Movimentos Sociais por parte do integrante da Via Campesina El Salvador, Mauricio Venegas.
O representante camponês foi parte do Painel “Movimentos Sociais e alternativas às crises” com a qual foi iniciada a sessão vespertina da conferência, organizada pela federação ambientalista Amigos da Terra Internacional através de seu grupo local CESTA e o MOVIAC, Movimento de Vítimas das Mudanças Climáticas e Mega-projetos, em seu capítulo El Salvador.
Cerca de 500 pessoas provenientes de toda a Mesoamérica, além de delegados internacionais de 70 grupos locais da Amigos da Terra Internacional, encheram auditório da Faculdade de direito da Universidade Nacional de El Salvador para a primeira de duas jornadas desta conferência.
Durante a atividade haverá uma mobilização e um festival cultural na tarde desta terça-feira 6 de novembro, que irá da sede universitária até a zona cêntrica da capital salvadorenha.
Venegas, que integra a FUNCROCOOP, listou algumas das propostas realizadas às autoridades salvadorenhas como alternativas aos efeitos da crise climática que neste país centro-americano tem produzido inúmeras vítimas, bem como grandes perdas materiais. Indicou a necessidade de “um novo agro” que substitua a importação de alimentos básicos com produção camponesa local. Nesse rumo, indicou que têm se enviado propostas aos governos, embora manifestou que será necessária uma forte mobilização social para atingi-las.
Também falou da globalidade da situação das mudanças climáticas e de como as forças hegemônicas em nível geopolítico estão iniciando uma série de movimentos estratégicos militares com a finalidade de se protegerem das crises sócio-ambientais.
Venegas afirmou que existe um “Salvador militarizado a cada quarteirão, com um povo vigiado e desmobilizado”. Exigiu a redução das Forças Armadas para gerar disponibilidade de fundos públicos que permitam reativar as zonas rurais produtoras de alimentos de forma sustentável.
Os diversos painéis foram realizados durante a primeira jornada da Conferência; logo, inúmeras mulheres e homens, representantes de comunidades atingidos por mineração, florestamento, monocultura para agrocombustíveis, mega-barragens hidrelétricas ou de apropriação de água para sua comercialização, deram seus testemunhos e manifestaram sua convicção de não abandonar os seus territórios apesar das pressões, as ofertas econômicas e até a violência governamental ou privada da qual são vítimas.
“A FAO anda querendo nos integrar às suas cadeias produtivas, mas são as cadeias produtivas do capital. Nós não queremos fazer parte dessas cadeias, e sim contar com nossa própria base produtiva”, indicou mais adiante Venegas em relação às propostas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
E considerou “imoral” o pedido de moratória do governo de Mauricio Funes para a lei de mineração: “não podemos dizer à Pacific Rim que nos de tempo, não temos tempo e não vai haver mineração em El Salvador”, indicou.
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