31 de mayo de 2011 | Noticias | Derechos humanos
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Neste fim de semana, voltou a seu país o ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, que estava exilado desde 29 de junho de 2009, quando foi deposto por un golpe de Estado.
Zelaya, referente da resistência que nasceu em Honduras contra a ditadura, pôde voltar após assinar um acordo em Cartagena de Indias (Colômbia), no 15 de maio com o atual presidente hondurenho, Porfirio Lobo. Esse acordo, que contou com o apoio dos presidentes da Colômbia, Manuel Santos, e da Venezuela, Hugo Chávez, estipulou que nem o presidente deposto nem os integrantes no exílio de seu gabinete seriam julgados se voltassem ao país: além disso, ele garantia a segurança tanto do ex-presidente como de sua família.
Ao voltar ao país, Zelaya pronunciou um discurso para centenas de milhares de pessoas que o esperavam na saída do aeroporto de Toncontin em Tegucigalpa.
Em suas primeiras palavras públicas em território hondurenho, Zelaya falou sobre a democracia como condição indispensável para garantir os direitos humanos. Por sua vez, o ex-presidente indicou também que sua volta era um conquista, uma vitória de toda a América Latina e da resistência do povo hondurenho.
O ex-presidente também indicou que devia ser convocada uma Assembleia Constituinte para mudar radicalmente o texto constitucional vigente.
O dirigente sindical e referente da Frente Nacional de Resistência Popular, Juan Barahona, afirmou em entrevista com Telesul que a partir de agora começava uma nova fase, onde o movimento exigiria que os acordos fossem cumpridos.
Além disso, indicou que agora seria exigido o reconhecimento da Frente como organização político-partidária, para poder participar nas eleições a serem realizadas no futuro.
“O presidente Zelaya disse isto ontem: vamos a tomar o poder com a resistência, vamos organizar nosso próprio partido”, afirmou Barahona.
O governo de Lobo espera que o acordo firmado com Zelaya permita a reincorporação de Honduras na Organização de Estados Americanos (OEA), de onde foi expulsada por causa do golpe de Estado.
No dia seguinte da volta de Zelaya ao país, uma comitiva do governo de Lobo viajou a Washington, com a intenção de participar da Assembleia Extraordinária da OEA convocada para o dia 1 de junho, onde se poderia definir a readmissão de Honduras.
No entanto, se volta a admitir a Honduras não se tomará a decisão por unanimidade, devido a que o governo equatoriano já tem dito que vai se opor à volta até que não sejam julgados os responsáveis do golpe.
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