Em meio a gritos e cantos de liberdade sul-africanos, os manifestantes destacaram a vulnerabilidade dos Estados em desenvolvimento, especialmente a dos mais pobres. O protesto atraiu a atenção de toda a COP e foi um dos pontos mais altos no que diz respeito a mobilizações da sociedade civil durante as duas semanas de negociações.

Participaram da mobilização representantes de inúmeras organizações e movimentos sociais de diversas partes do mundo. Muitos deles perderam suas credenciais pelos protestos dentro da COP.

Dentre os ativistas expulsos destacam-se o diretor executivo da Greenpeace, Kumi Naidoo, e o ativista sul-africano Bobby Peek, integrante do Comitê Executivo da federação ambientalista Amigos da Terra Internacional. Os dois dirigentes fizeram declarações à imprensa antes de ser expulsos das negociações oficiais. Foram acompanhados pelo ministro de Ambiente de Maldivas, Mohaemmed Shareef.
Maldivas é um pequeno país insular do oceano Índico, situado pouco acima do nível do mar, gravemente ameaçado pela mudança climática.

Os manifestantes exigiram que os negociadores que ouçam os povos e não os contaminantes, pelas fortes pressões que as corporações transnacionais e as elites financeiras exercem nas tratativas do clima.

Exigiram também aos Estados ricos drásticos cortes de emissões de gases de efeito estufa, pediram que o Banco Mundial fique por fora do financiamento climático e rejeitaram os mercados de carbono. Além disso, os ativistas criticaram fortemente o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação das florestas nos países em desenvolvimento (REDD), entre várias outras cosas.
A seguir três vídeos do protesto. O último deles inclui as declarações à mídia de Naidoo e Peek.

Foto: Rádio Mundo Real