3 de diciembre de 2011 | Entrevistas | Justicia climática y energía | COP 17
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A União Nacional de Camponeses (UNAC), a Via Campesina Moçambique e a organização Justiça Ambiental – Amigos da Terra Moçambique reafirmam a sua posição de rejeição de toda e qualquer tentativa do comércio de Carbono e a crescente propaganda de falsas soluções em Moçambique e no continente africano. A posição foi assumida esta semana durante a realização da Conferência das Partes de Nações Unidas sobre Clima (COP-17) que decorre desde dia 28 de Novembro e vai até ao dia 9 de Dezembro próximo, na cidade sul-africana de Durban.
“Nós consideramos como uma crise da vida do povo africano e, em particular, para o nosso país, isso não fica bem, porque se se incluir a agricultura no comércio de carbono significa que (os países industrializados) vão ser autorizados a fomentar a agricultura industrial, por exemplo, o plantio de eucaliptos, isso pode complicar, pois não é uma solução que vai resolver a situação dos países e muito mais na situação da soberania alimentar” disse o presidente da UNAC-Via Campesina Moçambique, Augusto Mafigo em entrevista com Rádio Mundo Real*.
O responsável avalia positivamente a participação das organizações da sociedade civil na COP17 e assegurou que “o movimento camponês rejeita completamente essa ideia de inclusão da agricultura no comércio de carbono”. Por outro lado, o dirigente da UNAC mostrou-se preocupado com a intenção da África do Sul de incluir a agricultura no comércio de carbono.
“A África do sul está a bater pé no chão dizendo que quer incluir no mercado do carbono a agricultura e como Moçambique é um país que também copia os outros países, se a África do Sul aceitar ou os outros países (africanos) concordar com esta ideia de incluir a agricultura no comércio de carbono, nós estamos sentido como um perigo porque Moçambique também pode vir a aceitá-la. Estamos muito preocupados com esta situação”.
Integrantes da Carvana Trans Africana de Esperança, as três organizações moçambicanas que participam da COP17 desde dia 26 de Novembro último juntaram-se a milhares de camponeses, pescadores e comunidades indígenas de toda a África e do mundo para protestar contra a crescente onda de usurpação de terras aráveis e das culturas alimentares dos camponeses para a produção de agrocombustíves e monoculturas de árvores para exportação .
*A entrevista e a matéria foram realizadas por Jeremias Vunjanhe,
jornalista e coordenador da Área de Media da Justiça Ambiental/Amigos da Terra Moçambique
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