26 de julio de 2010 | Noticias | Derechos humanos
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O período de inconstitucionalidade em Honduras começou com o golpe de Estado de 28 de junho de 2009 e ainda continua, apesar das tentativas dos países vizinhos de legitimar o regime de Porfirio Lobo Sosa.
Por isto, a Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) pretende reunir 1.200.000 assinaturas para que seja estabelecida uma Assembléia Nacional Constituinte “auto-convocada”.
“Mas as assinaturas não serão apresentadas a um governo golpista”, dizem os militantes Betty Matamoros e Francisco Ríos, em entrevista com Rádio Lora da Suíça. Uma nova carta magna permitirá, entre outras coisas, democratizar o acesso aos recursos naturais que hoje estão “em mãos de oito ou dez famílias”, segundo a FNRP.
As forças anti-golpistas exigem que a Organização dos Estados Americanos (OEA) “acompanhe o desmantelamento” da estrutura golpista através de uma Constituinte, ao invés de recomendar um “reconhecimento legal apressado ” para Honduras, como o pedido de reintegração feito pelo Sistema de Integração Centro-Americana (SICA).
A FNRP considera que por trás deste pedido, que só foi criticado pelo governo da Nicarágua, está o Departamento de Estado dos Estados Unidos, que pretende instalar em Honduras novas bases militares, que serão funcionais a “sua estratégia geopolítica imperialista contra países da região”.
Afirmam ainda que em Honduras continuam ocorrendo “todos os acontecimentos condenáveis do golpe de Estado”, e que em alguns casos a situação repressiva tem se tornado mais grave ainda.
Na entrevista com Radio Lora, os militantes da FNRP denunciam que nesta etapa a repressão “é mais seletiva”, e que os grupos paramilitares estão ativos.
As notas de pêsames das organizações populares são comuns. Na semana passada, por exemplo, a FNRP divulgou um comunicado pelo assassinato de Marco Tulio Amaya, membro ativo da Resistência e advogado defensor de dirigentes que foram presos por se opor ao golpe de Estado.
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