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7 de Abril de 2010 | Notícias
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No domingo entrou em vigor o Tratado de Livre Comércio (TLC) firmado entre o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e Israel, que prevê tarifa zero nas exportações bilaterais por uma década. O bloco sul-americano espera ainda que a União Européia (UE) melhore sua oferta a fim de reiniciar as negociações para atingir um acordo de livre comércio.
O Mercosul está integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva visitou Israel no dia 15 de março e anunciou formalmente o começo das relações comerciais entre as duas partes.
Os últimos detalhes para viabilizar esse TLC foram resolvidos pelo secretário de Comércio Exterior do governo “Lula”, Welber Barral, que explicou, conforme a Agência Brasil, que seu principal trabalho consistiu em consertar questões burocráticas relativas à classificação de produtos e mercadorias da lista de comércio entre Israel e o bloco regional. Foram definidas ainda as tarifas que permitirão agilizar os procedimentos de importação e exportação.
Por sua vez, o Mercosul espera que a UE demonstre vontade política e melhore sua oferta para retomar as negociações em busca de um TLC. “A bola está do lado europeu”, disse o secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria argentina, Alfredo Chiaradia, em nota publicada pelo jornal uruguaio El País.
Os dois blocos têm se estado reunindo desde o ano passado para chegar a determinados acordos básicos que permitam reiniciar as tratativas para a firma de um TLC. Chiaradia afirmou que "o problema basicamente é a atitude da Europa, que diz que as brechas entre as partes são muito grandes -em aspectos de bens, serviços e investimentos- e que não está em condições de relançar as negociações se persistem essas brechas”.
Dentre os pontos que geram maiores divergências está a demanda do Mercosul de uma abertura real do mercado da UE aos bens agrícolas e sua rejeição aos grandes subsídios concedidos aos produtores, ao tempo que os europeus pretendem uma abertura importante do bloco sul-americano na área de bens industrializados.
Chiaradia explicou que tem se feito muito desde o Mercosul para que a brecha seja mais estreita e que “agora são eles os que têm que fazer os deveres”. De todas as formas, o secretário de Comércio e Relações Econômicas Internacionais da Chancelaria argentina manifestou sua confiança em que se possam reiniciar as negociações para a firma de um TLC daqui a dois meses.
O chanceler uruguaio, Luis Almagro, e seu par brasileiro, Celso Amorim, coincidiram com seu colega argentino. Depois de uma reunião que mantiveram no dia 23 de março no Rio de Janeiro, Almagro disse à agência EFE: “Temos concordado em nossa conversação em que o Mercosul tem dado suficientes passos adiante na negociação com a UE e seria bom ter um movimento de nossa contraparte que permita avançar”. Espera-se que a fins de abril tenha uma nova reunião entre as partes na Europa.
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