Cerca de 75 militantes da Amigos da Terra Internacional, a Via Campesina e a Marcha Mundial das Mulheres chegaram até territorio salvadorenho para discutir o papel das corporações do agronegócio que operam na América Latina e seus impactos sobre as comunidades camponesas.

Silvia Quiroa de Cesta - Amigos da Terra El Salvador explicou à Rádio Mundo Real que na introdução do Fórum Mesoamericano foram postos em debate temas como a monopolização de terras, os danos à biodiversidade, o monopólio das sementes crioulas e o avanço dos produtos transgênicos.

“Será fundamental neste fórum discutir como avançamos na construção de alternativas para resistir ao avanço dos agronegócios na Mesoamérica”, afirmou a representante de Cesta - Amigos da Terra.

A ambientalista salvadorenha contou ainda que as transnacionais das sementes como Monsanto e Syngenta entraram no país através da representação de empresários nacionais prestigiosos no país, e que hoje monopolizam as sementes crioulas e ocultam os “verdadeiros interesses” que há por trás de seus investimentos no países como El Salvador, Nicarágua, Guatemala e Honduras.

Ambientalistas salvadoreños têm denunciado a parlamentares nacionais que a estadunidense Monsanto realiza experimentos com eventos transgênicos em coordenação com instituições públicas que têm cedido suas áreas, dentre elas o Ministério de Agricultura e Pecuária.
Na prévia à comemoração de um novo Dia Internacional do Meio Ambiente, a avaliação que fazem as organizações salvadorenhas da gestão do presidente Mauricio Funes, que assumiu o primeiro de junho de 2009, não parece ser muito alentadora.

“Como é possível que num primeiro governo de esquerda, que supostamente está consciente das vulnerabilidades ambientais, seja reduzido o orçamento anual do ministério de Meio Ambiente?”, pergunta Quiroa.

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