16 de marzo de 2012 | Noticias | Foro Mundial Alternativo del Agua | Justicia climática y energía
Nesta 14 de março, Dia Internacional de Luta contra as Barragens, milhares de mexicanos saíram às ruas para exigir o cancelamento definitiva de uma série de projetos hidrelétricos que promovem as autoridades governamentais, e além disso para se solidarizar com outras lutas com estas mesmas características que são levadas adiante em outros pontos do planeta.
As atividades estiveram coordenadas pelo Movimento Mexicano de Atingidos pelas Barragens e em Defesa dos Rios (Mapder), a principal referência nacional na resistência aos projetos de barragens La Parota, El Zapotillo, Las Cruces, Paso de la Reyna, Arcediano e de Boca del Cerro, entre outras.
Aproveitaram ainda esta jornada para denunciar as tentativas do governo de construir outras barragens no Estado de Veracruz e sobre o rio Usumacinta, das mini-hidrelétricas no Estado de Chiapas, e para exigir “por justiça” para os camponeses e pescadores “atropelados” pelas já construídas barragens La Yesca, Pichachos, El Cajón e Cerro de Oro.
Conforme afirmam através de um comunicado, a defesa das terras, o território e a água continua em México porque a Comissão Nacional da Água (Conagua) e a Comissão Federal de Eletricidade (CFE) “confabuladas com funcionários de governo e empresas construtoras, mexicanas e estrangeiras, continuem agravando os conflitos”.
“De 40 a 80 milhões de pessoas têm sido desalojadas pela construção de barragens no mundo, destinadas à privatização da água e a energia”, indica o Mapder.
Nesse sentido, a organização mexicana expressa sua solidariedade com as lutas levadas adiante pelo Movimento de Atingidos por Barragens (MAB); a associação colombiana de comunidades atingidas pela barragem El Quimbo (Asoquimbo) e Rios Vivos; o movimento cidadão Patagônia Sem Barragens contra o projeto Hidroaysén e a Rede Latino-americana de Atingidos por Barragens (RedLar), entre outras.
Também saudaram Fórum Alternativo Mundial da Água na cidade francesa de Marsella; ao Fórum de Pescadores do Paquistão contra a Barragem de Bhasha; aos encontros de organizações sociais pela natureza e os aquíferos, da Argentina; à coordenadora de atingidos por grandes barragens e transvases (Coagret) da Espanha, a International Rivers e ao Encontro do Bem Viver, também realizado no México.
“Nossas jornadas de luta vão além do 14 de março, rumo à cúpula dos povos Rio + 20 que se realizará no Brasil em junho, onde avançaremos na construção de um novo modelo energético”, concluem no documento.
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