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17 de abril de 2012 | | |

Camponeses do mundo unidos!

Três formas de celebrar o Dia Internacional da Luta Campesina

Mais de 1000 integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil (MST) ocuparam quatro áreas dedicadas aos agronegócios no sul do estado da Bahia.

Três dessas áreas pertencem à companhia brasileira Suzano Celulose, uma das maiores produtoras de celulose do mundo. A empresa tem no Brasil fábricas e plantações em vários Estados.

As ocupações começaram no dia 1º de abril, com o objetivo del MST de somar 50 em todo este mês para denunciar o modelo de produção o agronegócio.

“Apenas três empresas da região -Fibria, Suzano e Stora Enso- controlam mais de um milhão de hectares. O agronegócio chegou à região prometendo um monte de coisas à população (...) e passado o tempo essas promessas não se tornaram realidade”, manifestou o dirigente Evanildo Costa, da direção do MST no estado de Bahia.

Conforme o site do movimento sem terra, Evanildo afirmou que, ao contrário do prometido, o agronegócio “expulsa as famílias do campo, envenena os rios e não permite o desenvolvimento da agricultura familiar”.

As ocupações na Bahia fazem parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária chamada pelo MST para todo abril, com o objetivo de lembrar os 21 companheiros assassinados no dia 17 de abril de 1996.

Nesse dia, cerca de 1500 camponeses do MST do estado brasileiro do Pará, expulsos de suas áreas, mobilizaram-se até Belém, para apresentar suas demandas. Ao chegar à cidade de Eldorado de Carajás a marcha se deteve para que as mulheres grávidas e as crianças descansassem. No entanto, ali, os manifestantes foram atacados a tiros por mais de 140 policiais militares. Além dos 21 camponeses assassinados, 69 foram feridos.

No mesmo dia, a Via Campesina, rede de organizações camponeses de todos os continentes, estava reunida na localidade de La Trinidad, estado mexicano de Tlaxcala, em sua segunda conferência internacional. Quando os dirigentes foram informados dos assassinatos no Pará decidiram declarar o dia 17 de abril como o “Doa Internacional da Luta Camponesa”.

Nenhum dos responsáveis pelo crime lembrado como “o massacre de Eldorado de Carajás” está preso. Só dois foram condenados.

Enquanto isso, na capital da Argentina, Buenos Aires, o Movimento Nacional Camponês Indígena (MNCI) realizou nesta quarta-feira um ato em frente ao Congresso da Nação para promover a aprovação do projeto de lei de suspensão dos desalojamentos, para que sejam detidas as cotidianas e brutais amostras de violência que se vivem no campo argentino.

Por sua vez, a União de Trabalhadores Rurais Sem Terra de Cuyo (UST), da província de Mendoza, que faz parte do MNCI, realizará uma marcha e festival no sábado, em sua sede do departamento de Lavalle, para celebrar o Dia Internacional da Luta Camponesa. A organização está festejando seus dez anos de vida.

“Nós, as comunidades camponesas de Mendoza e as do vasto território argentino somos atualmente fustigadas pelos interesses das corporações do agronegócio. O assassinato de Cristian Ferreyra em Santiago del Estero é a amostra irrefutável disto”, afirma a UST em um comunicado divulgado nestes dias. “Faz 10 anos já que a UST luta por Terra para os que produzem e por uma Soberania Alimentar para os povos de nossa região”, acrescenta.

Foto: http://pcb-guarulhos.blogspot.com

(CC) 2012 Radio Mundo Real

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