Essa vitória do dia 18 de novembro pode ser um sinal em relação aos resultados das eleições que serão realizadas no país centro-americano no próximo ano e dali algumas das recentes ações do executivo de Porfirio Lobo, como a destituição de quatro dos cinco integrantes do máximo órgão judicial, refletiu em contato telefônico Rafael Alegría, dirigente da Via Campesina Honduras.

Na quarta-feira, o Congresso hondurenho amanheceu cercado de forças militares –para protegê-lo-, cumprindo com uma ordem do Executivo depois de que o Parlamento destituísse por maioria quatro juízes da Sala Constitucional da Suprema Corte de Justiça desse país.

Conforme Telesul, a destituição atinge os juízes José Antonio Gutiérrez Navas (presidente), Gustavo Enrique Bustillo Palma, Rosalinda Cruz Sequeira e José Francisco Ruiz Gaekel devido a que admitiram um recurso de amparo contra das “provas de confiança” que são realizados aos policiais hondurenhos no processo de depuração dessa instituição.

O presidente do Congresso Nacional, Juan Orlando Hernández, abriu a sessão perto da 01:30 (07:30 GMT) da madrugada manifestando sua incomodidade pela determinação assumida pela Sala Constitucional.

A medida não seria constitucional e representaria um golpe “técnico-político” para a independência do Poder Judicial que deixa dúvidas sobre o respeito e a transparência em que possam acontecer as próximas eleições presidenciais, conforme a análise de Rafael Alegría para Rádio Mundo Real.

“O atual Presidente do Congresso pretende controlar a Suprema Corte que tem declarado inconstitucionais várias das medidas do governo”, disse Rafael, que definiu a situação como “delicada porque os grupos oligárquicos de poder voltam a se ajustar em seus lugares” e realizam ações demagógicas para ampliar sua base eleitoral para o ano que ve,.

No áudio pode se ouvir a análise de Rafael Alegria para Rádio Mundo Real.

Foto: Presidente hondurenho, Porfirio Lobo, com o presidente do Congresso, Juan Orlando Hernández (Univision.com)