Gortaire, que mora em Riobamba, fala ainda da produção agroecológica, as novas formas de comércio, de mercados populares, e da qualidade dos alimentos que são consumidos nas grandes cidades.

No diálogo com ALER também questiona a forte chegada do agronegócio na costa do Equador, e o papel que têm desempenhado as organizações camponesas e indígenas desse país para instalar o conceito de soberania alimentar na agenda pública.

A Constituição equatoriana reconhece a soberania alimentar como o modelo agrícola ao que deve-se apontar e que há dois anos está em vigor uma lei de soberania alimentar.

“Apesar disso devemos olhar para a agricultura real, porque em alguns aspectos não só não avançamos, mas retrocedemos. Tem se avançado pouco em matéria de terras e água, que são fundamentais para a soberania alimentar”, disse Gortaire, que considera que a sociedade equatoriana “vive de costas para o campo”.