A Baía de Jiquilisco faz parte da “planície costeira central” de El Salvador. No dia 31 de outubro de 2005 foi declarado como lugar “Ramsar”, dentro do convênio internacional sobre zona úmidas, devido a sua singularidade e fragilidade, sendo o hábitat da maioria de aves marinho-costeiras do país.

O “potencial turístico” da baía, no entanto, pode acabar prejudicando este lugar paradisíaco.

O integrante do Centro de Estudos Tecnológicos Apropriados (CESTA), membro da federação Amigos da Terra Internacional, Ricardo Navarro, disse que “nas entidades estatais não existe uma preocupação pelo setor ambiental ou social”, com o surgimento destes novos espaços comerciais na zona costeira de El Salvador.

Por sua vez, Rafael Vela, especialista da organização ambientalista, afirmou que no projeto da Baía de Jiquilisco “fala-se de um plano de construção” que como efeito secundário reduz o ambiente natural para a reprodução de tartarugas e outras espécies marinhas.

Vela afirmou que ainda não existem estudos dos impactos nas espécies que gerarão estes projetos.

“É tão geral a regulamentação que nós temos conhecido que empresas internacionais já estão comprando terras ali”, insistiu Vela que alerta sobre o efeito sobre as comunidades próximas da construção de uma mega-estrada de acesso aos futuros visitantes do lugar.

Navarro indica por último que os projetos previstos são de “turismo em grande escala” com investimentos e suprimentos estrangeiros. “É importante levar em conta os aspectos sociais, além dos aspectos ambientais”, disse o ambientalista salvadorenho.

Foto: Taringa