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9 de Fevereiro de 2011 | |

Anti-sistêmico

Avança o Fórum Social Mundial em Dacar

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Várias organizações não governamentais lançaram na terça-feira no Fórum Social Mundial de Dacar, capital de Senegal, uma campanha internacional para pedir às nações do G-20 que combatam as atividades financeiras dos países paraísos fiscais, que prejudicam gravemente os estados em desenvolvimento.

A campanha convida os cidadãos em todo o mundo a enviar correios eletrônicos aos presidentes dos países do G20 para que levem o assunto da “opacidade financeira nos paraísos fiscais” à cúpula de novembro de potências desenvolvidas e países emergentes, conforme a agência AFP. A França vai exercer este ano a presidência do G-20, por isso a campanha pede especialmente que sejam enviadas cartas ao presidente desse país, Nicolás Sarkozy.

Dentre as as organizações que promovem a iniciativa estão Christian Aid, CCFD-Terre Solidaire, Latindadd, Oxfam e Tax Justice Network Afrique. As entidades sociais avaliam as perdas fiscais nos países do Sul em 170 bilhões de dólares por ano, por exemplo graças a empresas que recebem seus lucros em contas bancárias nos estados considerados paraísos fiscais.

O Fórum Social Mundial de Dacar, com seu caráter anti-capitalista e anti-neoliberal, segue adiante com dezenas de milhares de pessoas de diversos movimentos e organizações sociais dos cinco continentes. Estão trabalhando temas como: economia solidária, comércio justo, dívida externa, reforma do sistema financeiro, soberania alimentar, justiça climática, direitos humanos, exploração de crianças e mulheres, migrações, descolonização, entre outros.

A rede Jubileu Sul, que trabalha contra a dívida externa e a dominação, tem uma presencia importante no Fórum. Vem desenvolvendo ali, um programa de atividades sobre a situação do Haiti, a crise climática e o financiamiento para o clima, a organização do Tribunal dos Povos sobre Dívida Ecológica, além de outros pontos.

“O grande desafio do Fórum Social Mundial é gerar uma alternativa anti-sistêmica para enfrentar a mudança climática e as consequências do novo endividamento que vai gerar nos países do Sul”, disse a coordenadora da rede Jubileu Sul/Américas, Sandra Quintela, conforme o jornal Tiempo Argentino.

Enquanto isso, a rede Via Campesina, também tem uma importante presença no Fórum de Dacar. Vários temas como violência contra as mulheres, soberania alimentar e roubo de terras, são os mais importantes para os camponeses reunidos na capital senegalesa.

O Fórum, que termina nesta sexta-feira, começou no domingo e teve a participação especial na inauguração do presidente boliviano, Evo Morales. “Há uma rebelião de países árabes contra o império norte-americano”, disse o presidente em relação com os protestos no Egito e Tunísia. “Essa luta dos povos vai ser imparável por mais que o governo dos Estados Unidos financie milhões e milhões para acabar com esses movimentos sociais”, disse conforme a agência Europa Press.

Morales considerou que as pessoas “continuarão se rebelando” enquanto “haja injustiça nos diversos continentes e enquanto haja opressão ou repressão do capitalismo aos povos ”. Manifestou também que o Fórum Social Mundial “e uma mensagem de liberação” contra o “imperialismo”.

Conforme o presidente da Bolívia, os movimentos sociais têm a responsabilidade de “salvar a Humanidade, salvando o planeta Terra”. “Para salvar a vida e a Humanidade temos a obrigação de identificar os inimigos internos e externos, combater o imperialismo norte-americano e o capitalismo como seu principal instrumento financeiro, que domina os povos do mundo”, destacou Morales.

Foto: http://viacampesina.org

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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