O que você vê é um arquivo histórico.
Pedimos voluntários para trabalhar com a nova tradução na web.
7 de Outubro de 2010 | Notícias | Soberania alimentar
Baixar: MP3 (1.6 Mb)
Mais uma vez, Roma será o cenário de discussões que terão como foco a soberania alimentar, e que começarão nesta semana com atividades que serão realizadas pelas organizações de base.
Essas atividades começarão na próxima sexta-feira 8 de outubro, e serão a antesala da sessão plenária do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que será realizada de 11 a 16 deste mês.
Ali, representantes do movimento internacional de base a Via Campesina estarão presentes junto a outras organizações da sociedade civil, para exigir “verdadeiras soluções à permanente crise alimentar mundial, assim como medidas concretas para tratar os problemas de especulação com produtos básicos alimentares e a apropriação de terras”, conforme o movimento camponês num comunicado.
Por isso, os movimentos e grupos sociais discutirão previamente no fórum das Organizações da Sociedade Civil sobre as propostas que logo serão apresentadas aos governos, e já advertem que apesar de que graças à reforma do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da FAO, agora se consulta de forma mais permanente à sociedade civil, o organismo das Nações Unidas ainda não garante a total participação dos produtores e produtoras que produzem em pequena escala.
“Neste momento, nossas políticas alimentares são controladas pelos pontos de vista dos países doadores ricos, instituições anti democráticas como o Banco Mundial e multinacionais do setor agro com orçamentos de lobby exorbitantes”, diz o comunicado da Via Campesina.
O movimento camponês também indica que deve se apostar do Comitê por impedir a especulação financeira e a apropriação de terras, ao tempo que devem se adotar mecanismos para regular os mercados agrícolas.
“A FAO pode se transformar num espaço para aplicar a soberania alimentar, mas deveria oferecer soluções reais e ouvir as vozes dos camponeses e camponesas e não dar legitimidade a processos promovidos pela busca de benefícios das multinacionais”, sentencia o comunicado.
Rádio Mundo Real 2003 - 2018 | Todo material publicado aqui está sob licença Creative Commons (Atribuição - Compartilhamento pela mesma Licença). O site está construído com Spip, software livre especializado em publicações web... e feito com carinho.